segunda-feira, 30 de novembro de 2015

#DiaDeSporting: fechar a semana com chave de ouro

Depois de uma semana de grande sucesso coroada com as vitórias contra o Benfica e Lokomotiv, regressa o campeonato, e o Sporting tem a responsabilidade de manter o avanço pontual que vinha da jornada passada, após a apertada vitória do Porto em Aveiro frente ao Tondela. 

Apesar de o Belenenses ter sido um adversário que nos causou grandes problemas na época passada - em três jogos empatámos dois para o campeonato e perdemos na Taça da Liga -, não passará pela cabeça de nenhum sportinguista que o resultado de logo seja outro que não a vitória. Não só pelo facto de o Belenenses estar a ser uma equipa muito permeável nos jogos fora, mas sobretudo porque o Sporting está a atravessar um excelente momento - já vão seis vitórias consecutivas nas competições internas. Apesar de tudo, há que assinalar a boa carreira que a equipa de Sá Pinto tem feito na Liga Europa.

Segundo Jorge Jesus, Teo é uma baixa certa para logo, William e Paulista estão recuperados, e Jefferson continua em dúvida. Perante a ausência do colombiano, o treinador deve estar a sentir uma daquelas boas dores de cabeça para decidir quem colocará ao lado de Slimani. Tanto Montero como Ruiz estiveram muito bem em Moscovo e são duas alternativas sólidas para a posição. Provavelmente fará mais sentido apostar no costa-riquenho na frente, pois isso abriria espaço para colocar Gelson, outro jogador que tão boa conta do recado deu nas últimas duas partidas, na ala esquerda.


Liga dos Coxos

Ao contrário do que o título deste post poderá indiciar, não quero de forma alguma escarnecer do infortúnio dos jogadores que se lesionam, seja qual for o emblema que representam. No entanto, é o título que me parece mais apelativo para apresentar uma estatística que creio ter algum interesse para a generalidade das pessoas que segue o nosso campeonato: uma tabela com um apanhado da quantidade de lesões que condiciona cada equipa ao longo da época.

O princípio desta contabilização é simples: por cada jogador que esteja indisponível para jogar pela numa dada jornada, a sua equipa soma 1 ponto. No final, a equipa que tiver sido mais afetada por lesões será a que acumulará mais pontos, sendo portanto a vencedora da Liga dos Coxos. Esta estatística usa como base as ausências dos convocados por lesão reportadas pela comunicação social.

Colocarei também a tabela relativa aos jogadores, com uma escala de cores a marcar as semanas em que foram dados como lesionados. A cor mais escura representa uma lesão que obrigou os jogadores a falhar 3 ou mais jornadas consecutivas, uma cor intermédia para 2 jornadas consecutivas, uma cor mais leve para um lesão que só afastou os jogadores durante 1 jornada.

Expressando o meu desejo de uma recuperação tão rápida quanto possível a todos os jogadores lesionados, aqui fica a tabela referente às 10 primeiras jornadas desta época.



Jorge Jesus vs. Marco Silva, à 10 jornada

Apesar de os balanços definitivos só poderem ser feitos no final da época, parece-me interessante fazer uma comparação preliminar entre os números de Jorge Jesus e Marco Silva durante as primeiras 10 jornadas do campeonato.

Como é evidente, qualquer comparação fica condicionada por alguns fatores, como:

Calendário
  • À 10ª jornada Marco Silva já tinha defrontado Benfica e Porto, enquanto que Jorge Jesus apenas jogou contra o Benfica;
  • Marco Silva tinha realizado 5 jogos em casa e 5 jogos fora, enquanto que Jorge Jesus realizou 4 jogos em casa e 6 jogos fora.

Outras competições
  • Na Taça de Portugal, ambos os treinadores realizaram duas partidas: Marco Silva defrontou e eliminou o Porto fora e o Espinho, enquanto que Jorge Jesus defrontou e eliminou o Vilafranquense e o Benfica em casa;
  • Nas competições europeias, Marco Silva tinha realizado 5 partidas de intensidade máxima para a Liga dos Campeões (2xMaribor, 2xSchalke e 1xChelsea); Jorge Jesus realizou 2 partidas de intensidade máxima para a Liga dos Campeões (2xCSKA) e 5 jogos com poupanças para a Liga Europa (2xLokomotiv, 2xSkenderbeu e 1xBesiktas);
  • Jorge Jesus disputou e venceu a final da Supertaça.

Diferenças no plantel
  • Alguns dos jogadores do Sporting são jovens que, com Jorge Jesus, têm um ano de experiência adicional em relação ao tempo de Marco Silva (nomeadamente Paulo Oliveira, William, João Mário e Carlos Mané);
  • Jorge Jesus não pôde contar com Cédric e Nani, recebendo João Pereira e Bryan Ruiz;
  • Jorge Jesus só pôde contar com Carrillo nas primeiras 4 jornadas;
  • Jorge Jesus só pôde contar com William Carvalho a 100% a partir da 7ª jornada;
  • Jorge Jesus dispôs de Naldo para o centro da defesa (Ewerton só jogou 1 partida esta época para o campeonato), enquanto Marco Silva usou Maurício e Sarr (Paulo Oliveira já fazia parte do plantel);
  • Em qualidade de alternativas aos titulares com utilização significativa, Jorge Jesus ganhou profundidade na posição de ponta-de-lança (ganhou Teo) e no meio-campo (ganhou Aquilani); Bryan Ruiz pode ser considerado uma substituição direta de Nani, e João Pereira de Cédric.

Em termos de classificação no campeonato, a diferença não poderia ser mais clara:


Em dez jogos, o Sporting deste ano tem mais 9 pontos, mais 1 golo marcado e menos 5 golos sofridos. Já venceu por 8 vezes (contra 4 vitórias na época passada) e apenas cedeu 2 empates (contra 5 empates e 1 derrota na época passada).

É no entanto necessário recordar que o registo de Marco Silva melhorou muito após a 10ª jornada. Na realidade, o Sporting empatou e perdeu tantas vezes nas 24 jornadas que se seguiram como nas primeiras 10: entre a 11ª e 34ª jornada, o Sporting cedeu também 5 empates e 1 derrota, mas conseguiu 18 vitórias.

Voltando ao comparativo das primeiras 10 jornadas, a melhoria generalizada dos números do Sporting de Jorge Jesus não são fruto do acaso e encontram suporte noutros elementos estatísticos. Esta conclusão pode ser retirada a partir da análise comparativa feita pelo site goalpoint.pt (um excelente projeto feito por analistas - não são jornalistas) com base em dados Opta:


Como se pode ver, o Sporting tem metade dos golos sofridos como consequência direta de estar a permitir que os adversários efetuem apenas metade dos remates enquadrados e bastante menos passes para ocasião em relação à época passada, o que é um sinal de uma evolução na qualidade de processos defensivos da equipa. Ofensivamente, o Sporting de Jesus remata menos que o de Marco Silva, mas fá-lo em melhores condições. A bola circula muito mais entre jogadores (os passes certos aumentaram 27,5%), com maior acerto, e reflete-se na tal melhoria de remates enquadrados (41% contra 36%).

De destacar também o facto de o Sporting deste ano dispor de muito mais penáltis a favor. Foram assinalados 5 - o que até peca por defeito, pois apesar de haver 1 penálti mal assinalado a favor do Sporting, ficaram 6 (!) por assinalar -, o que é indicador claro de uma presença na área adversária bastante mais acutilante. Em relação aos penáltis contra, os números estão equilibrados (quer no número de penáltis assinalados, quer naqueles que ficaram por assinalar).


Adoro segundas-feiras


domingo, 29 de novembro de 2015

É uma pena...

Falava-se na Quinta da Bola sobre a qualidade do golo de Bryan Ruiz contra o Lokomotiv de Moscovo, quando Diamantino cometeu um pequeno deslize:


É o que dá vestir a capa de comentador-treinador às 5ªs e a de comentador-avençado nos restantes dias da semana... fica complicado não misturar os discursos.

sábado, 28 de novembro de 2015

A mediocridade do suplente Sílvio

Não, ao contrário do que poderão estar a pensar, não estou a falar do defesa direito do Benfica que até agora tem realizado uma época abaixo das expetativas. Esse Sílvio, o defesa direito, tem sido titular desde que Nélson Semedo se lesionou. E já tinha sido titular na Supertaça. O Sílvio que este post aborda é um eterno suplente, e já toda a gente percebeu que não tem valor para aspirar a mais que um lugar na equipa B.

Estou a falar DESTE Sílvio:


Sílvio Cervan, vice-presidente suplente do Sport Lisboa e Benfica a quem foi atribuído o relevante pelouro de representação institucional do clube nos jogos da equipa B.


Falando por mim, tenho uma dificuldade crónica em gostar dos dirigentes dos clubes adversários, sou capaz de encontrar inúmeros defeitos em todos eles, mas também sou capaz de lhes reconhecer algumas qualidades. No entanto tenho que confessar que, ao fim de tantos anos de exposição mediática, ainda não consegui perceber qual a mais-valia que Sílvio Cervan dá ao Benfica ou à sociedade em geral - a não ser, suponho, a utilidade que advém da sua experiência de boy na vida partidária nacional.


Sílvio é um senador benfiquista que tem o carisma de uma alforreca que se deixou encalhar na areia de uma praia enquanto a maré descia e a eloquência de um Rui Gomes da Silva num dia mau. Aliás, Sílvio parece ser mesmo uma cópia mal amanhada do paineleiro benfiquista da SIC Notícias. Rui Gomes da Silva tem uma página n' A Bola para escrever disparates com muitas reticências, Sílvio Cervan tem uma coluna n' A Bola para escrever disparates com menos reticências. Um bom exemplo foi a coluna impregnada de azia que escreveu ontem, e que podem ver à esquerda.

Revelando compreensíveis dificuldades em lidar com mais uma derrota do seu clube frente ao Sporting e ao segundo objetivo nacional gorado, o vice-presidente suplente benfiquista com pelouro para a equipa B aproveita o espaço de que dispõe no jornal para menorizar alguns jogadores leoninos, para equiparar o Sporting ao Gondomar, para demonstrar alguma infantilidade ao chamar a atenção de forma gratuita para a pesada derrota do Sporting na Albânia, e para responsabilizar Jorge Sousa pela derrota na Taça de Portugal e por alguns desaires no passado do Benfica. Infelizmente, como a coluna não é propriamente ampla, não sobrou espaço para refletir sobre o que tem corrido mal ao seu clube, o que também não é surpreendente.

Até aqui, nada de particularmente novo ou grave. Aliás, os sportinguistas não se devem sentir melindrados pela comparação que Sílvio Cervan faz entre o Sporting e o Gondomar. É o que dá andar três anos a conviver com clubes de escalões inferiores, não há conhecimento de causa para mais.

O que deve realmente ser destacado nesta coluna é aquilo que Sílvio escreve sobre Hugo Miguel, o árbitro do Braga - Benfica da próxima segunda-feira. O vice-presidente suplente benfiquista com pelouro da equipa B acusa Hugo Miguel de não ser isento, a três dias de uma partida que, correndo mal, pode comprometer o principal objetivo da época. Repito, quem escreve isto é um vice-presidente do Benfica - suplente, é certo, mas não deixa de ser vice-presidente.

Pergunto: isto não deveria ser considerado coação? Será que a APAF, tão expedita a saltar em defesa dos árbitros quando o Sporting os critica APÓS as partidas, continuará muda perante mais um ataque benfiquista?

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Capas que não fizeram história, nº 53: Um craque é quem um jornal quiser

Não há nada mais simples que transformar uma nova aquisição numa estrela. Basta que haja vontade para isso e o contacto de um amigo do jogador em questão. Depois é só fazer o telefonema, recolher umas opiniões - que são invariavelmente elogiosas - e está feita a capa e a caracterização das quase ilimitadas capacidades do jogador.

O jornal O Jogo é particularmente talentoso nesta arte de fabricar craques. Vem-me à memória, por exemplo, o trabalho que fizeram para avaliar as qualidades de Andrés Fernandez aquando da contratação do guarda-redes espanhol pelo Porto:


Vem tudo isto a propósito de Osvaldo, um jogador que tem andado os últimos anos da carreira a saltitar de clube em clube sem se conseguir impor. Onze jogos e um golo depois, parece que já tem guia de marcha e sairá para o Boca Juniors no mercado de inverno. Vão-se os craques, ficam as capas para a posteridade...


Está explicado


Class act

A movimentação de Montero no 1º golo (cruzamento de Ricardo Esgaio)

A combinação entre Bryan Ruiz e Fredy Montero no 2º golo

O golo de Gelson Martins (a passe de Fredy Montero)

O golo de Matheus Pereira a passe de Gelson Martins

Remate de Bryan Ruiz ao poste após passe de Fredy Montero

A vingança serviu-se no frio

Para quem, como eu, não estava com grande expetativas para o jogo de Moscovo, este final de tarde acabou por ser muito agradável. Jesus arriscou alguma coisa ao colocar quatro habituais titulares em campo, provavelmente porque quis dar as condições mínimas suficientes para a equipa conseguir disputar a vitória, e a aposta rendeu frutos. 

O jogo até começou da pior maneira, com um golo sofrido a partir de um ressalto de bola infeliz, mas o Sporting nunca pareceu afetado pela desvantagem madrugadora. Apesar do golo sofrido, apesar do lastro das derrotas com o Skenderbeu e o próprio Lokomotiv, e apesar do frio intenso que se fazia sentir (10 graus negativos à hora do jogo), o Sporting soube adaptar-se e responder às contrariedades, vestindo o smoking para passear classe e alcançar uma vantagem impensavelmente confortável, e o fato macaco quando foi preciso segurar as investidas do adversário.



Positivo

A resposta de Montero - não esteve propriamente muito em jogo, mas aquilo que fez, fez de forma absolutamente irreprensível. Marcou o 1º golo após cruzamento de Esgaio (que tinha sido lançado pelo colombiano), desmarcou Ruiz para o 2º golo com um toque de classe e lançou Gelson para o 3º golo. Na segunda parte ainda teve tempo para fazer um passe de morte para Bryan Ruiz, que acabaria por disparar ao poste. Deu a melhor resposta possível após a desinspirada exibição no último sábado em Alvalade.

Adrien, pau para toda a obra - se Ruiz, Montero, Gelson e Matheus vestiram o smoking, Adrien foi o primeiro a vestir o fato macaco. Foram-lhe atribuídas tarefas mais defensivas que o habitual perante a ausência dos médios defensivos do plantel, e o capitão foi importantíssimo no equilíbrio defensivo sem que tivesse acusado os 120 minutos de intensidade máxima que fez no sábado. Soube reagir da melhor forma à infelicidade que teve ao colocar a bola nos pés de Maicon no lance do 1º golo do Lokomotiv. Parece estar a regressar à sua melhor forma.

Bryan Ruiz ao meio - reforçou-se a ideia de que o costa-riquenho rende mais quando é colocado no centro. Ruiz aproveitou bem a liberdade que lhe foi dada, jogou, fez jogar, e fez questão de vestir o traje de cerimónias completo para marcar um golo de incrível classe com a imprescindível colaboração de Montero. Demonstrou mais uma vez ser um candidato a ter em conta para fazer dupla com Slimani na frente de ataque. 

Gelson e Matheus - melhor que ver um menino da academia a marcar um golo de classe, só mesmo ver dois meninos de academia a marcarem dois golos de classe. E a cereja no topo do bolo foi ver um desses meninos a recuperar a bola, dar três passadas e lançar em profundidade o outro menino para o golo. Não é seguramente um facto tão digno de registo como as exibições de outros meninos que alcançam empates no Cazaquistão, mas ficamos contentes na mesma.


Negativo

Os laterais - foi talvez a nota menos positiva em toda a exibição. A participação ofensiva quer de Esgaio quer de Jonathan foi muito reduzida. O lateral direito fez uma assistência a partir do único cruzamento que conseguiu efetuar, esteve genericamente bem nas tarefas defensivas mas acabou por ter responsabilidades no 2º golo. Jonathan fez três cruzamentos, todos mal direcionados, não se destacou defensivamente, e para agravar estava muito mal posicionado no lance do 1º golo dos russos, obrigando Ewerton a fechar no seu lado e a abrir a autoestrada que Maicon usou para inaugurar o marcador. Já se sabia que são as posições em que o Sporting está mais carente, e infelizmente este jogo não foi aproveitado para contrariar essa ideia.



Mais importante que o facto de o Sporting estar apenas dependente de si próprio para se apurar para a fase seguinte, é o moral que vem de uma vitória categórica perante um adversário complicado. Foi a oitava vitória nos últimos nove jogos, primeira vitória europeia fora de casa nos últimos quatro anos, primeira vitória na Rússia. Mal não há-de fazer.

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

#DiaDeSporting: 180 minutos para o fim

Que fique claro: o resultado de hoje é-me perfeitamente irrelevante, desde que não afete a imagem do clube. Neste momento a Liga Europa não é mais que um empecilho à preparação da equipa para o que realmente interessa. Como tal, a única coisa que peço aos jogadores é que dignifiquem a camisola que vestem e que tentem aproveitar da melhor forma a oportunidade para mostrar ao treinador que são opções válidas.

A palavra de ordem para hoje, do ponto de vista de gestão de plantel, é poupança. Da equipa habitualmente titular só utilizaria dois jogadores: Paulo Oliveira, que está mais rotinado com Naldo, e que pode ajudar a dar estabilidade à defesa; e Adrien, em virtude das ausências por lesão de William e Paulista, que é o único médio que temos disponível com capacidade de luta, qualidade que será necessária para controlar um adversário perigoso como o Lokomotiv (que, vale a pena recordar, está à frente do Zenit na liga russa).


Saiu um Braga - Sporting para a Taça

Vai ser difícil? Com certeza. Mas a mim traz-me boas recordações.




Sensação de déjà vu

Pelo que vi do Astana - Benfica, o puto Sanches promete muito, mas... não era melhor o Sr. Serpa e o Sr. Delgado refrearem o entusiasmo?


O céu a cair em cima do Twente?

Na terça-feira, durante a manhã, a Holanda descobriu a existência do Football Leaks e, em particular, dos documentos que revelam os pormenores do acordo entre o Twente e a Doyen para a cedência de percentagens de passe de sete jogadores.


Os documentos foram assinados antes de 1 de maio de 2015, ou seja, antes de a partilha de passes com fundos ter passado a ser ilegal, mas o que está a gerar polémica é o facto de existirem cláusulas nestes documentos que retiram independência ao clube para gerir os seus próprios assuntos - algo que já era proibido pela FIFA antes desta última alteração ao regulamento de transferências.

Cá em Portugal é do conhecimento generalizado que estes contratos contêm cláusulas que podem limitar a autonomia dos clubes - foi precisamente esse um dos argumentos utilizados pelo Sporting para considerar nulos os contratos com a Doyen - mas, para agravar a situação, diz-se que o Twente terá entregado à KNVB (federação holandesa) versões dos contratos que excluíam as cláusulas polémicas. Ou seja, a versão oficial que o Twente entregou à federação não coincidia com a versão assinada com a Doyen.

Uma vez tendo o assunto chegado à comunicação social holandesa, assistimos a uma demonstração de como as coisas funcionam de forma muito diferente naquele país: na tarde do mesmo dia a KNVB pediu explicações ao Twente, e à noite o presidente do Twente, Aldo van der Laan, demitiu-se do cargo. Neste momento fala-se em penalizações para o Twente que poderão ir da simples multa até ao afastamento completo dos campeonatos holandeses, passando por sanções intermédias como a retirada de pontos, a impossibilidade de inscrição de novos jogadores ou a descida de divisão.

Na realidade, este tipo de castigos não são novidade para o Twente. Apesar de ter o apoio  da Doyen, ainda na época passada o clube holandês foi penalizado em duas ocasiões com perda de pontos devido a problemas financeiros. E apesar de ter o apoio da Doyen, neste momento encontra-se em 15º lugar no campeonato, apenas um ponto acima das posições de despromoção.

Como é evidente, o facto de este caso se estar a desenrolar tão rapidamente também pode significar que nem tudo foi devidamente analisado, podendo haver novos esclarecimentos ou desenvolvimentos nos próximos dias. Mas confirmando-se estas primeiras impressões, falamos de uma sequência de acontecimentos que poderão ter muito interesse para o Sporting. Não só porque é mais uma evidência daquilo que o Sporting vem alegando na luta contra os fundos, mas também porque...


... o presidente do Twente foi uma das testemunhas apresentadas pela Doyen no TAS no âmbito do processo Rojo. Confirmando-se a existência de um conluio entre o clube deste senhor e a Doyen para contornar os regulamentos, e havendo mais uma posição pública de uma federação de futebol a considerar ilegais este tipo de acordos, poderá ainda ir a tempo de servir de argumento adicional que ajude o TAS a tomar a decisão certa.

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Atenção: este post contém nudez e pode ser considerado chocante





A frase do ano

A frase do ano, quiçá da década, ilustrada desta forma.


"Eu creio que a imagem é bem clara, a forma como a língua de Slimani está a ter esta atitude.", Pedro Guerra, 23/11/2015. Podem ouvir aqui:

Há coisas com que não se brinca


Portanto, em dia de Champions lembraram-se de invocar o nome de Béla Guttmann (usar o termo exorcizar é mesmo estar a pedi-las) para fazer o lançamento de um jogo do Porto que todos calculavam que acabasse em vitória ou, no mínimo, em apuramento para a fase seguinte... e no fim acaba-se por registar uma combinação de resultados improvável que deixa o Porto com a obrigação de ganhar em Stamford Bridge caso o Dinamo Kiev vença em casa o Maccabi. Caso contrário, o Porto vai bater com os costados à Liga Europa.

Notou-se o dedo do Guttmann das maldições em três ocasiões:

1. No primeiro golo do Dinamo Kiev.



2. Na substituição que Lopetegui fez ao intervalo (tirou Maxi para colocar André André). Ou, como li por aí...



3. No segundo golo do Dinamo Kiev.


Consequências:









Que ideia brilhante, senhores d' O Jogo! Bastava terem-se lembrado do que aconteceu da última vez que alguém tentou uma brincadeira parecida...


terça-feira, 24 de novembro de 2015

Cartilha sincronizada

Qualquer pessoa que acompanhe minimamente os programas de domingo e segunda-feira à noite sobre futebol, já percebeu que os paineleiros benfiquistas têm o hábito de levar uma agenda bem definida com os temas que devem introduzir no debate. Umas vezes os assuntos são suficiente óbvios para serem referidos, mas noutras nem tanto - e é quando os assuntos são menos evidentes que se percebe melhor o trabalho realizado nos briefings semanais organizados pelo departamento de comunicação do clube.

Aquilo que vão ver de seguida foi retirado do Dia Seguinte e do Prolongamento de ontem e é apenas mais um exemplo daquilo que acontece todas as semanas. Dois comentadores benfiquistas (neste caso um vice-presidente e um diretor da BTV) que, em programas concorrentes que decorriam à mesma hora, insinuam ou acusam que Jorge Sousa, no dérbi do passado sábado, teve segundas intenções ao tomar uma decisão disciplinar que, na altura, nem foi das mais polémicas...


E como não é todos os dias que se vê um homem adulto da estatura de Rui Gomes da Silva pedir uma peça de equipamento a um jogador (muito menos uns fragmentos de equipamento), aqui fica o momento em que Slimani fez o rasgão nos calções de Júlio César.

Bailando

Ainda não tinha colocado um vídeo do final... já passaram três dias, mas aqui fica para quem ainda não teve oportunidade de ver.

Não precisa de legendas


Retirado do Instagram de Marcelo Boeck.

Gelson 2-0 Eliseu




via ForumSCP

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Mais dois bombons

Jardel a Slimani


Eliseu a João Mário

As reações ao Sporting - Benfica nas redes sociais




Resposta a um tweet de um benfiquista quando o resultado estava em 0-1




Bailando @ Núcleo Sportinguista da Argélia
Obrigado Slimani Islam! #SportingBailando #DiadeSporting #OndaVerde #EuVouLáEstar
Publicado por Núcleo Sportinguista da Argélia em Domingo, 22 de Novembro de 2015


Post de Rui Gomes da Silva no Facebook antes do jogo de sábado

Post de Rui Gomes da Silva no Facebook depois do jogo de sábado

Tive que ir confirmar ao site para ver que não era montagem...

... e é mesmo verdade! Obrigado, Público! LINK

Oh sh*t...

"Oh sh*t"... Pelas expressões faciais, parece ser aquilo que passa pela cabeça dos jogadores benfiquistas no preciso momento em que Adrien arma o remate que daria o empate ao Sporting. Se há imagens que valem mil palavras, esta é seguramente uma delas.

Já a expressão e postura de Montero parece refletir bem a sua atitude durante o tempo em que esteve em campo... 

Rui Vitória dixit

Quanto mais leio ou ouço as palavras de Rui Vitória na flash interview e na conferência de imprensa, mais me repugna a falta de honestidade intelectual da análise totalmente enviesada que fez e a falta de frontalidade do treinador benfiquista em ser incapaz de assumir as responsabilidades pelos resultados enquanto responsável da equipa, recusando-se a responder a quaisquer perguntas relacionadas com as suas opções técnicas e com a estratégia que decidiu usar em Alvalade.

Como tal, parece-me imprescindível fazer uma confrontação entre as palavras de Rui Vitória e aquilo que se passou em campo, sem nos limitarmos apenas aos lances em que os benfiquistas reclamam terem sido prejudicados.


"Começo pelo final, altura em que houve um penálti limpinho, limpinho, que tem de ser marcado."

Aqui tenho que dar razão a Rui Vitória. Efetivamente, a seis minutos do fim do tempo regulamentar, Samaris empurra Slimani dentro da área com os dois braços. Vendo as repetições, o penálti é claro. Jorge Sousa, que poderia não ter uma visibilidade perfeita para o lance, entendeu ser simulação de Slimani e mostrou-lhe o cartão amarelo.



"Se soubessem o que aconteceu viam quem devia ter sido expulso."

Uma frase que assenta que nem uma luva a Jardel, que aos 52' deveria ter visto o segundo amarelo por uma falta sobre Adrien numa jogada de contra-ataque do Sporting.



"Ser bom não é ser bonzinho, não é ser bombom."

Em alguns casos, não se é nem bom nem bonzinho. Veja-se o caso de Eliseu, que por duas vezes chutou a bola contra jogadores do Sporting que estavam no chão. Dois amarelos que poderiam ter sido mostrados. Sobra o bombom em Eliseu.


"Não quero ser comido de cebolada, pois o Benfica merece respeito."

Naldo esteve ausente do dérbi por ter empurrado Lito Vidigal. Cumpriu no sábado o primeiro de dois jogos de castigo, mas ainda corre o risco de sofrer uma suspensão de dois meses. No final do jogo houve trocas acesas de palavras entre os vários intervenientes do jogo, mas Jardel decidiu levar a discussão para um outro nível e empurrou Raúl José. É certo que o nosso treinador adjunto não abrilhantou o momento com um mergulho para a piscina a la Lito Vidigal, mas será que vai aparecer alguma coisa nos relatórios do jogo para serem apreciados pelas instâncias disciplinares da FPF?



"Tenho aqui dois jogadores que acabaram de ir para o hospital."

Aqui Rui Vitória misturou alhos com bugalhos. Falou em modo de queixa, na sequência do penálti que reclamava a seu favor. Os jogadores que foram parar ao hospital lesionaram-se na sequência de lances perfeitamente normais, em que não houve qualquer tipo de maldade ou agressividade excessiva. Mas se Rui Vitória quiser falar em agressividade excessiva, pode sempre olhar para aquilo que os seus jogadores fizeram ao longo dos 120 minutos. Aqui ficam três exemplos:

1. Talisca vira João Mário do avesso numa entrada duríssima a destempo.



2. Sílvio vira Adrien do avesso noutra entrada duríssima a destempo.



3. Samaris faz uma falta violenta com a bola já bem longe de Gelson. Podia ter sido interpretada como agressão ao jogador do Sporting, mas o grego viu apenas cartão amarelo.





"É muito fácil colocar dois jogadores nossos na rua."

Em relação ao jogo de sábado, estamos conversados. Se o árbitro tivesse sido rigoroso, poderiam ter sido mais que dois os jogadores do Benfica expulsos. Mas até é uma queixa engraçada vinda de um treinador que até esta partida ainda não tinha tido nenhuma expulsão nas competições internas. Por outro lado, o Sporting já viu dois jogadores seus serem expulsos no campeonato.

Posteriormente Rui Vitória recuou às partidas anteriores entre Sporting e Benfica, recuperando dois penáltis que ficaram (efetivamente) por assinalar a favor do Benfica (sobre Gaitán na Supertaça e sobre Luisão no campeonato). Mas para ser coerente não pode ver apenas os erros que o prejudicaram, quando existiram vários erros que o beneficiaram nas mesmas partidas: o golo anulado a Teo e a expulsão perdoada a Sílvio na Supertaça, e as expulsões perdoadas a Samaris e Jonas no jogo do campeonato. Recordemos dois desses exemplos.





"Se é para fazer barulho nós também sabemos fazer."

O que quero demonstrar com todos os exemplos que coloquei neste post? Que não foi uma arbitragem à Capela ou à Gomes, em que os erros foram todos para o mesmo lado. Sim, Slimani devia ter sido expulso, admito que o lance perto do fim entre João Pereira e Luisão é duvidoso (mas não acho que seja um penálti claro). Colocar a responsabilidade da derrota no árbitro quando existiram erros para os dois lados é apenas uma forma que Rui Vitória encontrou para não ter que falar na dolorosa verdade: não consegue colocar a equipa a jogar à bola, apesar de ter praticamente o mesmo plantel com que Jesus levou a equipa à vitória no campeonato do ano passado.

domingo, 22 de novembro de 2015

Alguém marque uma consulta de neurologia a António Figueiredo

Aquele cérebro não deve estar em bom estado. Basta avaliar pela forma diferente como reagiu aos erros de arbitragem do jogo de ontem...


... em relação ao jogo de há dois anos, quando o Sporting foi eliminado na Luz com uma decisiva contribuição dos erros de Duarte Gomes que beneficiaram o Benfica.


(obrigado, @FDesempregado)

Justa reviravolta de uma equipa convertida ao Slimanismo

Terceiro dérbi da época, terceira vitória do Sporting, terceira demonstração de clara superioridade sobre o Benfica. Dos embates desta época, este foi seguramente o mais sofrido, mas nem por isso menos meritório.

O jogo não poderia ter começado de pior forma: o Benfica colocou-se em vantagem bem cedo na sequência de um lance de contra-ataque, ficou na cómoda situação de se poder fechar no seu meio-campo sem correr grandes riscos no ataque, usando e abusando do antijogo para quebrar o ritmo de jogo, e procurando um novo erro sportinguista que lhe permitísse ampliar a vantagem.

O Sporting acusou inicialmente o golo e durante algum tempo demonstrou dificuldades em conseguir criar oportunidades de perigo, mas foi recuperando a confiança e o domínio de forma gradual, acabando por encostar o Benfica às cordas no final da primeira parte e conseguindo alcançar o empate que já se justificava momentos antes do intervalo. A entrada na segunda parte também foi muito forte, mas com o passar dos minutos o Benfica arriscou um pouco mais e também dispôs de algumas ocasiões de perigo. No entanto, a ida a prolongamento foi um castigo que o Sporting definitivamente não merecia, tal foi a superioridade na globalidade dos 90 minutos.

O merecido prémio acabaria por aparecer na segunda parte do prolongamento, com mais um golo do inevitável Slimani, um jogador com uma alma que enche o campo, contagia os colegas pela atitude que revela, e que personifica o esforço e dedicação que queremos ver em todos os atletas que equipam de leão ao peito. E foi disso que se construiu esta vitória: toda a equipa acreditou, batalhou até ao limite das suas capacidades e manteve a crença na sua ideia de jogo, mesmo nos momentos mais complicados.



Positivo

Uma equipa e um estádio inteiro convertidos ao Slimanismo - começam a faltar adjetivos para descrever a importância de Slimani para esta equipa. Impressionante a quantidade de sprints que fez ao longo dos 120 minutos, quer em lances ofensivos quer em tarefas defensivas, isto depois de ter feito 178 minutos pela seleção argelina na última semana. Para além das habituais doses industriais de esforço e sacrifício que coloca em campo, marcou o fulcral segundo golo que nos deu o apuramento, manteve vivo o lance do 1º golo ao reagir mais rápido que Luisão, Sílvio e Júlio César numa bola perdida, fez um cabeceamento ao poste aos 4' de jogo, e ainda fez um remate para uma defesa inacreditável do guarda-redes benfiquista perto do final do tempo regulamentar. Enorme exibição de um jogador que se transformou numa figura imprescindível e incontornável do atual Sporting.

O decisivo Adrien - teve uma exibição com as virtudes e defeitos que lhe são habituais, tendo sido absolutamente decisivo nos dois golos: marcou o primeiro golo com um remate de primeira que atravessou um mar de pernas, e foi dele o forte pontapé que obrigou Júlio César a uma defesa incompleta que sobrou para Slimani fazer o segundo golo.

Jesus, o grande vencedor da noite - depois da campanha difamatória de que tem sido alvo desde que decidiu assinar pelo Sporting, Jorge Jesus respondeu sempre de forma arrasadora dentro de campo. Com esta terceira vitória deixa em pratos limpos a inegável mais-valia que oferece aos clubes que treina.

O ambiente no estádio - tirando um ou outro episódio protagonizado por um punhado de idiotas de ambos os clubes, o ambiente nas bancadas foi absolutamente frenético e entusiástico, contribuindo para o excelente espetáculo a que assistimos. O aproveitamento do Bailando da Luz é uma delícia e ficará na memória coletiva sportinguista. Uma referência também para o facto de no meu setor vários benfiquistas terem festejado o golo da sua equipa de forma vibrante (um dos quais mesmo atrás de mim) sem que tivesse havido qualquer tipo de problema - tal como já tinha acontecido, segundo o que li, com sportinguistas na Luz no jogo para o campeonato. Assim mesmo é que tem que ser.

Vitória com selo da formação - o Sporting terminou o jogo com Rui Patrício, Tobias Figueiredo, Ricardo Esgaio, William Carvalho, Adrien Silva, João Mário e Gelson Martins. Sete jogadores da academia que ajudaram a alcançar uma vitória em jogo de exigência máxima.


Negativo

Condicionamento da estratégia pelos problemas físicos - Jefferson e Ewerton estiveram em dúvida durante a semana, mas acabaram por fazer parte da equipa titular. Dá a ideia que Jesus já teria consciência de que não poderia forçar a sua utilização num prolongamento, pois foi adiando substituições que pareciam óbvias a quem via o jogo. O refrescamento do meio-campo acabou por ter que ser sacrificado, e um desgastadíssimo Bryan Ruiz foi obrigado a fazer os 120 minutos. Não havendo estes constrangimentos, provavelmente teriam sido lançados Aquilani e Matheus Pereira, que poderiam ter ajudado a manter um ritmo elevado e a pressão sobre o adversário. Valeu a tenacidade e a vontade de vencer a compensar a inevitável falta de frescura física.


Outras notas

O caminho escolhido por Rui Vitória - à medida que os desaires se vão acumulando, o cavalheiro Rui Vitória vai revelando uma faceta bastante menos sóbria e equilibrada. Na flash interview - que começou atrasada seguramente para receber o briefing - e na conferência de imprensa falou apenas e só dos erros de arbitragem, fugindo a toda e qualquer análise ao jogo propriamente dito e ao facto de somar três derrotas em três jogos com o Sporting. Não me parece que Rui Vitória tenha razão ao dizer que há penálti de João Pereira sobre Luisão perto do fim - há contacto, mas nada de anormal. Curioso, no entanto, que não tenha mencionado dois lances em que Jorge Sousa efetivamente errou: um penálti de Samaris sobre Slimani (o empurrão com os dois braços é claríssimo) e uma agressão de Slimani a Samaris que deveria ter valido a expulsão ao argelino. Rui Vitória revelou também uma enorme desonestidade intelectual ao referir os penáltis não assinalados a favor do Benfica nos dois dérbis anteriores, mas sem incluir nessa análise os variadíssimos lances em que o Benfica também foi beneficiado (golo mal anulado a Teo e expulsão perdoada a Sílvio na Supertaça, e expulsões perdoadas a Jonas e a Samaris no campeonato). E ainda teve um momento ainda mais lamentável: disse "tenho dois jogadores que acabaram de ir para o hospital", acrescentando a informação de que Gaitán, depois de ter sido assistido no relvado devido a um embate com a cabeça, "está com problemas em termos de consciência, teve o jogo praticamente sempre com alguma tontura". Ou seja, reconheceu uma atitude totalmente irresponsável ao colocar em causa a saúde do jogador. No futebol americano ou no rugby, Gaitán não teria continuado em campo. Curiosamente, à hora em que estou a escrever este texto, o 60 Minutos da SIC Notícias passa uma peça sobre as precauções que a NFL tomou para reduzir o risco das concussões na saúde dos jogadores - que inclui a retirada de campo obrigatória do jogador se houver qualquer indício nesse sentido.



Vitória importantíssima não só pelo facto de nos permitir continuar a defender um título que nos pertence, mas também pelo que representa em termos de crescimento de um grupo muito jovem - não esquecer que utilizámos 6 jogadores com 23 anos ou menos - e pelo impacto psicológico positivo que poderá ter numa equipa que ainda está em pleno processo de construção. E, claro, pela convulsão que irá causar na estrutura do rival que vai tendo cada vez mais dificuldades em ocultar a sua responsabilidade numa espécie de processo de autodestruição, quando optou por não renovar com o treinador que mais sucesso lhes trouxe nas últimas décadas.