quarta-feira, 31 de maio de 2017

Isto é um festejo à Sporting!

Pedro Portela com o microfone, e... assim se fez um festejo à Sporting!


Balanço de 2016/17: Jorge Jesus

Um desastre: não há outra forma de descrever o trabalho de Jorge Jesus nesta época. Depois de um ano em que o treinador conseguiu subir significativamente a competitividade da equipa, ninguém esperava que esta época se registasse uma quebra de rendimento tão significativa, ainda para mais quando o investimento em jogadores foi tão elevado. 

Jesus pode ter razão quando disse que as arbitragens ajudaram a afastar o Sporting do primeiro lugar do campeonato em momentos cirúrgicos, mas, infelizmente, o campeonato não foi a única competição em que ficámos prematuramente fora da luta. Saímos da Taça de Portugal após um jogo muito pobre em Chaves, tínhamos a obrigação de passar a fase de grupos na Taça da Liga - independentemente das circunstâncias -. e a campanha europeia acabou por ter contornos humilhantes quando nem conseguimos assegurar o 3º lugar no grupo.

Muito pouco para um plantel tão caro e desequilibrado. Jorge Jesus pediu e recebeu muitos jogadores, alguns bastante caros e quase todos eles a auferirem salários elevados, mas não conseguiu extrair deles a qualidade exibicional exigível, como André, Petrovic, Elias, Douglas, Markovic ou Campbell. Insistiu teimosamente num Bryan Ruiz em nítido subrendimento, deu inúmeras oportunidades a um Alan Ruiz que tardava em mostrar serviço, perdeu-se em equívocos na lateral esquerda, e não foi capaz de criar de inventar as alternativas de que a equipa necessitava.

Igualmente lamentável foi a forma - bem típica nele - como foi sacudindo as responsabilidades pelo que de mau ia acontecendo. Em Madrid, disse que o Sporting não teria perdido o jogo caso estivesse no banco, mas não fez o mea culpa pelos excessos que o levaram a ser expulso e suspenso por dois jogos. No final da época, ao fazer uma espécie de balanço, queixou-se de não ter jogadores suficientes de 10 milhões, mas esqueceu-se que faz parte do seu trabalho desenvolver e valorizar jogadores de valor inferior - principalmente quando recebe um salário principesco.

O único aspeto verdadeiramente positivo foi a explosão de Gelson Martins, um jogador que Jesus tinha lançado na época anterior.

Em dois anos de Sporting, Jorge Jesus realizou uma excelente época e uma época paupérrima. Justifica, obviamente, uma terceira época. Para o bem ou para o mal, servirá de tira-teimas para a quarta.


terça-feira, 30 de maio de 2017

A uma vitória do campeonato

A Federação Portuguesa de Andebol decidiu há pouco rejeitar o recurso apresentado pelo Porto no jogo disputado com o Benfica, o que significa que o Sporting só depende de si próprio para conquistar o campeonato de andebol.

Os bilhetes foram colocados hoje à venda e já estão esgotados. Haverá casa cheia em Odivelas.

#NãoHáDesculpas


Uma frase que vale mais do que 1000 palavras


Decisão de ontem em AG da Liga, aprovada por 27 clubes, com 15 votos contra e duas abstenções. A medida é, obviamente, simbólica, mas não deixa de ser curioso quem ache que é normal oferecerem-se lembranças de 200, 300 ou 400 euros. Numa competição que se quer totalmente profissional e transparente, como é possível haver quem seja contra uma decisão destas?

segunda-feira, 29 de maio de 2017

A brincar, a brincar...


As palavras que puderam ouvir no vídeo acima são do diretor do Canelas, acerca do atual momento do Porto, ao canal Minuto 90, que acompanha de perto o futebol distrital da AF Porto. Serão poucos aqueles que levarão a sério este desejo, mas se perdermos um pouco de tempo a pensar no assunto... não é assim tão impossível de acontecer. É evidente que duvido que o cavalheiro alguma vez venha a ser diretor desportivo do Porto, mas em relação ao nome projetado para futuro presidente, o caso muda de figura.

Nunca tinha pensado nesta hipótese, mas num cenário de eleições pós-saída de Pinto da Costa, sabendo-se o peso que as claques têm em número de votos e na forma como podem influenciar o regular decurso das campanhas... se houver vontade de Fernando Madureira - não sei se é indício para alguma coisa, mas recentemente concluiu um mestrado em gestão desportiva - em candidatar-se à presidência, será um nome para se levar muito a sério...

Balanço de 2016/17: Avançados





Bas Dost: *** 


Quando soube que o Sporting estava interessado em Bas Dost, não tive quaisquer dúvidas de que iria ser uma mais-valia para o ataque da equipa. No entanto, nunca pensei que o holandês tivesse um impacto tão grande e tão imediato numa equipa que estava habituada a jogar para Slimani, um ponta-de-lança de características muito diferentes. Dost entrou na equipa e começou de imediato a marcar, revelando uma capacidade de finalização mortífera: a cada duas oportunidades, marca uma. Mas a importância de Dost não se limita aos golos que marca. Se no início parecia um corpo estranho nos momentos em que a bola estava longe da baliza adversária, aos poucos e poucos foi-se tornando um jogador muito útil noutros aspetos do jogo: duelos aéreos para disputa da primeira bola após pontapés de baliza, distribuição de jogo ao primeiro toque muito eficaz pelo chão, e até a defender - no último terço de época passou a ser muito mais frequente vê-lo a perseguir adversários com bola. Até do ponto de vista físico surpreendeu, pois no Wolfsburg era frequentemente substituído por volta dos 60, 70 minutos. Dost vinha com a complicadíssima missão de substituir Slimani - um dos jogadores mais queridos dos adeptos nos últimos anos - e o melhor que se pode dizer é que não tardou muito para nos deixar com a certeza de que não ficámos a perder com a troca. Pelo contrário.



André: *


O melhor que se pode dizer da época de André é que não se confirmou a fama de mau profissional com que vinha do Brasil. Em termos de esforço e aplicação, não há nada a apontar. O problema foi o resto, o rendimento propriamente dito, nomeadamente no momento da finalização. O brasileiro tem toque de bola - no seu jogo de estreia, contra o Moreirense, numa das primeiras vezes que teve o esférico nos pés fez um passe fenomenal a deixar Markovic na cara do guarda-redes -, mas foi um desastre constante no momento de meter a bola na baliza, proporcionando-nos frequentes momentos de desespero e enormes amargos de boca. Do mal o menos, deu para recuperar o investimento feito.



Luc Castaignos: *

Chegou no fecho do mercado e rapidamente se percebeu que iria ser a 2ª alternativa a Dost, atrás de André, tardando a ter oportunidade para jogar. Estreou-se apenas no final de outubro e teve uma utilização relativamente regular em novembro e dezembro, mas nunca conseguiu justificar as apostas dadas por Jesus. Zero golos marcados, pouco futebol demonstrado, não tem qualquer espaço para permanecer na próxima época. Veremos até que ponto se conseguirá recuperar os 2,5 milhões que se investiu em 80% do passe.



Alan Ruiz: *

Tendo sido uma das primeiras contratações da época, Alan Ruiz não poderia ter começado de pior forma: chegou à pré-época numa forma física deplorável. Ainda assim, foi dos poucos jogadores que demonstrou alguma qualidade nos primeiros jogos amigáveis e acabou por ser aposta consistente de Jorge Jesus nos dois meses iniciais de competição oficial, jogando como segundo avançado, muito encostado ao ponta-de-lança. Esse adiantamento no terreno não o favoreceu, como ficou bem demonstrado pelas paupérrimas exibições, e acabou por perder a titularidade. Regressou ao onze no início da 2ª volta, e aí já conseguiu mostrar algumas das qualidades que terão levado Jorge Jesus a recomendar a sua contratação: um remate fácil e potente, boa visão de jogo e muita técnica. O problema é o resto: fraca apetência para ajudar a equipa defensivamente e pouca intensidade quando a pressão adversária é grande. Olhando para o panorama geral - expectativas perante o investimento feito, a má forma física com que chegou, a incapacidade de aproveitar as oportunidades na 1ª volta, e um jogador influente em parte da 2ª volta - o balanço não pode ser positivo. Se conseguir corrigir um pouco os problemas referidos, poderá ser, efetivamente, um jogador muito útil na próxima época. 



Daniel Podence: **

Deu nas vistas na pré-época, mas acabou por ser emprestado por estar tapado pelas muitas contratações feitas no defeso. Podence esteve em excelente plano no Moreirense, e acabou por ser chamado de volta no final de janeiro. Jogador muito trabalhador, raçudo e intenso, aproveitou muito bem as oportunidades dadas por Jesus, quer como segundo avançado, quer como extremo esquerdo. Tem lugar garantido no plantel da próxima época. 



Gelson Martins: ***     
2015/16: ** 

Apesar de ter sido utilizado de forma consistente na época passada, acabou por ser a grande revelação de 2016/17. O impacto que teve na equipa foi tremendo. Desequilibrador nato, impressiona a facilidade com que consegue criar espaços. Mesmo não sendo forte no momento da decisão, foi o jogador com mais assistências do campeonato - imagine-se aquilo de que será capaz se conseguir ter mais frieza no momento de fazer o último passe. Apesar da sua importância na manobra ofensiva da equipa, nunca deixa de ajudar o seu lateral. Grande, grande época.


Matheus Pereira: -     
2015/16: *

Completamente esquecido nos primeiros seis meses da época, foi utilizado apenas contra o Praiense (como titular) e contra o Arouca, para a Taça da Liga (como suplente). No final de janeiro, entrou aos 89' contra o Paços de Ferreira e, na jornada seguinte, foi titular... no Dragão. O jogo não lhe correu bem - estranho seria se corresse - e voltou a desaparecer das opções de Jesus mais um mês. Depois foi titular contra o Tondela - onde jogou muito bem - e contra o Nacional. Voltou a sair da equipa, para regressar nas três jornadas finais. É impossível que um jogador jovem possa responder bem perante uma utilização tão irregular e errática. Sendo um dos jogadores com maior potencial da nossa formação, não merecia a gestão que Jesus fez da sua utilização. 



Joel Campbell: *


Foi, para mim, uma das desilusões da época, mas não tenho a certeza que a responsabilidade seja apenas de Campbell. Sendo um jogador sempre pronto a procurar a desmarcação e com boa capacidade de finalização, parecia talhado para a função de segundo avançado. No entanto, Jesus decidiu colocá-lo quase sempre encostado à esquerda, onde acabaram por sobressair, sobretudo, os seus defeitos. Depois de todos os objetivos perdidos, saiu das opções da equipa por uma questão de gestão (lógica) de plantel: não fazia sentido apostar-se num jogador emprestado cuja saída era um dado adquirido.



Lazar Markovic: *


Um erro de casting. Era, à partida, uma contratação de risco: jogador talhado sobretudo para jogar em contra-ataque, e que pouca ou nenhuma utilização teve desde que abandonou Portugal - devido, sobretudo, a lesões sucessivas. Rapidamente passou a ser um dos alvos das bancadas por causa da sua insistência em jogar sozinho e pela ausência de trabalho defensivo - entrando-se aí num círculo vicioso de pressão externa e interna que levou a que o jogador caísse cada vez mais de rendimento. Foi, sem surpresa, enviado de volta para Inglaterra na janela de transferências de janeiro.

sábado, 27 de maio de 2017

Campeões nacionais de juniores

Com o empate alcançado frente ao Porto, o Sporting assegurou matematicamente a conquista do título de juniores, que fugia ao clube desde 2012. Conquista merecidíssima, após uma primeira fase com 21 vitórias e 1 empate, e uma fase de apuramento de campeão muito regular, com apenas 1 derrota. Parabéns a toda a equipa!



Grande Sporting! A Taça Challenge é nossa!

Grande campanha que redundou na justíssima conquista do 2º troféu europeu da história do Sporting em andebol! Parabéns a todos os jogadores e equipa técnica!



Dia de Challenge

Vamos voltar a fazer história! Vamos, leões!

sexta-feira, 26 de maio de 2017

CD passa a abrir processos sumaríssimos e prendas acima de 200 euros é corrupção

CD passa a abrir processos sumaríssimos e prendas acima de 200 euros é corrupção

A FPF tornou pública esta sexta-feira a sua proposta para um novo Regulamento Disciplinar, fruto do trabalho levado cabo pela Comissão de Reforma do Regulamento Disciplinar da FPF, presidida por Germano Marques da Silva desde final de 2016. Este RD, a ser aprovado, não é aplicável à I e II Liga, bem como a Taça da Liga.

Por entre uma série de alterações, agora trazidas a discussão, a FPF é clara: é um documento para ser analisado, discutido e por isso ainda aberto a propostas. Sendo assim, a federação divulga mesmo uma morada de mail (conselho.disciplina@fpf.pt) para onde podem ser enviados "contributos" até 16 de junho.

O regulamento disciplinar em causa, que não é válido para as provas profissionais organizadas pela Liga, encerra diversas novidades. Entre elas, a liberdade do Conselho de Disciplina da FPF passar a poder "abrir um processo sumarísismo em qualquer circunstância"; a redução para 200 euros do valor das ofertas aos árbitros - acima disso será corrupção -, valor abaixo dos 300 euros que são o limite em vigor na UEFA.

Fonte: O Jogo



Não sei se esta proposta de regulamento disciplinar virá a ser aprovada, mas não deixa de ser curioso registar que, depois de andarmos meses a ouvir dizer que os vouchers não tinham nenhum mal, o próprio Benfica deixou de os oferecer e, agora, a própria FPF propõe acabar com ofertas de valor superior a 200€. Se calhar é porque tinha algum mal...

Mas ouvi dizer que há por aí um determinado cavalheiro recentemente condecorado que não concorda com esta proposta...


Troca de passes com Matej Asanin


Muitas destas para amanhã, por favor

Como lançamento da 2ª mão da final da Taça Challenge, que se disputa amanhã às 15h (com transmissão na Sporting TV), nada melhor do que recordar algumas das defesas de Asanin no jogo da 1ª mão. Que faça muitas destas amanhã!


E já agora, muitos golos como este de Carlos Ruesga. :)

Balanço de 2016/17: Médios



William Carvalho: **          
2015/16: **
2014/15: **     
2013/14: ***

Esperava-se que William desse sequência às exibições de elevado nível com que terminou a temporada passada, face ao conhecimento já acumulado do sistema de Jesus. No entanto, o médio teve um ano abaixo das expetativas, já que o melhor William poucas vezes apareceu em campo. Fisicamente, pareceu quase sempre a meio gás, e nem como primeiro construtor teve a preponderância de outras épocas. Pior ainda, foram vários os jogos em que cometeu lapsos que só se podem explicar com falta de concentração. Num sistema de jogo que exige imenso dos médios, creio que o fraco rendimento defensivo da equipa se explica parcialmente pela quebra de forma de William.



Adrien Silva: **          
2015/16: ***
2014/15: **     
2013/14: ***

Peça fulcral do onze de Jesus, Adrien começou a época em excelente forma. A sua importância ficou à vista de todos não tanto pelo que mostrou enquanto esteve em campo, mas principalmente pelo que aconteceu quando deixou de estar - a equipa ressentiu-se profundamente da sua lesão na 1ª volta. Regressou ao onze em dezembro, mas a partir daí nunca mais se viu o melhor Adrien - que viria a lesionar-se uma segunda vez já durante a 2ª volta. Disponibilidade física nunca lhe faltou para o trabalho defensivo, mas esteve uns furos abaixo do que era necessário em tarefas ofensivas: 2 golos (excluindo penáltis) e 2 assistências é muito pouco para um jogador que faz aquela posição. Será que essa quebra de rendimento terá tido alguma coisa a ver com insatisfação por não ter sido transferido no início da época? Não sei, mas ficou-lhe muito mal ter recorrido à comunicação social para fazer pressão para sair.


Bryan Ruiz: *          
2015/16: ***

Ao arrancar para 2016/17, seria impossível imaginar que Bryan Ruiz se transformaria no oposto do jogador influente da época passada. Quem sabe se vítima de mais um ano sem férias, o facto é que o costa-riquenho fez uma época paupérrima, que se tornou insuportável face à insistência de Jesus em colocá-lo em campo, fosse a ala esquerdo, a médio centro ou a segundo avançado. Frequentemente esgotado a partir dos 60 minutos, quase sempre incapaz de fazer a diferença, sem capacidade de explosão ou esclarecimento. Após uma época destas, com apenas mais um ano de contrato e sendo um dos jogadores mais bem pagos do clube, a saída é o desfecho mais lógico. Veremos se a direção o conseguirá vender a outro clube.



Bruno César: **
2015/16: **

A polivalência de Bruno César faz dele, indiscutivelmente, um dos jogadores mais úteis do plantel. Foi utilizado por Jesus em quatro posições diferentes: ala esquerdo, segundo avançado, médio centro e lateral esquerdo. Tirando a posição de lateral esquerdo, em que sentiu dificuldades perante adversários rápidos (e não ajudou o apoio que frequentemente lhe faltou do ala esquerdo), fez as restantes posições com grande competência. Para além disso, é um dos melhores marcadores de bolas paradas do plantel. O facto de ter participado em 42 jogos esta época (só Gelson, com 44, e Coates e William, com 43, tiveram mais presenças) acaba por ser um indicador da falta de profundidade do plantel - para um clube que quer ser campeão, não é bom sinal que um jogador polivalente como Bruno César acabe por ser tão utilizado. De qualquer forma, isso não é responsabilidade sua, e teve uma época bastante positiva.



Elias: *

Regressou ao Sporting para ser a alternativa a Adrien que o clube não tinha. Foi uma contratação que me entusiasmou, porque teoricamente tinha tudo para dar certo. O problema foi a passagem da teoria à prática. Elias nunca foi capaz de dar à equipa o que dava Adrien. Posicionalmente foi um desastre (quase sempre muito recuado a defender e muito adiantado a atacar), parecia que fazia de propósito para estar longe da bola. Sendo um jogador bem pago e com pouco rendimento, o Sporting acabou por vendê-lo em janeiro. Deu para recuperar o investimento, e isso é o melhor que se pode dizer desta época de Elias.


João Palhinha: *

Foi o primeiro jogador a ser chamado de volta do empréstimo face à incapacidade de Petrovic em fazer a posição de médio defensivo na ausência de William. Palhinha foi lançado de imediato às feras e as coisas não lhe correram bem na Madeira e no Porto. De qualquer forma, Jesus continuou a dar-lhe minutos de forma consistente durante cerca de 10 jornadas. Depois esteve vários jogos sem ser utilizado e regressou à titularidade na última jornada. Mostrou algumas qualidades, nomeadamente pela forma (aparentemente) fácil como se impõe fisicamente em relação aos adversários. Não demonstrou, no entanto, grande confiança para sair a jogar - coisa que sabe fazer e que só o tempo lhe poderá dar. Ainda não está pronto para ser titular do Sporting, mas tem todas as condições para fazer parte do plantel na próxima época.



Francisco Geraldes: -

Infelizmente, a única conclusão que se pode retirar da época que Francisco Geraldes fez no Sporting é que foi uma decisão precipitada fazê-lo regressar do Moreirense. O Chico ganhou a Taça da Liga, regressou, e só teve oportunidade de fazer 54 minutos na equipa principal do Sporting, distribuídos por 4 jogos. Demasiado pouco para alguém que demonstrou imensa capacidade como organizador de jogo - coisa que faltou ao futebol do Sporting esta época. Não estou a dizer que Geraldes já está pronto para ser titular - não me parece que esteja -, mas devia ter tido muito mais minutos para ir ganhando experiência. Não me parece que Jesus goste de Geraldes, pelo que me parece que voltará a ser emprestado na próxima época. Espero estar enganado.



Radosav Petrovic: -

Veio para ser backup de William, mas rapidamente se percebeu que não contava para o totobola. A péssima pré-época e o péssimo jogo de estreia em Famalicão retiraram-lhe espaço para ser aposta séria. Ainda jogou contra o Arouca para a Taça da Liga, e aí até nem esteve mal. Foi emprestado ao Rio Ave, onde demonstrou qualidades que andaram escondidas enquanto esteve no Sporting - sinal de que houve ali algum tipo de bloqueio (físico? psicológico?) a impedi-lo de render. De qualquer forma, não me parece que venha a ter espaço no plantel da próxima época.


Bruno Paulista: -

Foi utilizado nas três primeiras partidas oficiais da época, incluindo 22 minutos contra o Porto. Depois saiu das convocatórias e nunca mais foi utilizado. O rapaz tem qualidade. Deve haver uma explicação lógica para o percurso de Bruno Paulista no Sporting, e que seguramente nada terá a ver com questões desportivas. Talvez um dia se venha a descobrir.


Marcelo Meli: -

Quem?

quinta-feira, 25 de maio de 2017

Os convocados para a Taça das Confederações e Euro sub-21

Fernando Santos e Rui Jorge divulgaram os jogadores escolhidos para participa na Taça das Confederações e Euro sub-21, respetivamente. No caso da seleção principal, foram convocados 24 atletas, o que significa que ainda haverá uma saída para definir os 23 finais.

Convocatória da seleção principal

Convocatória dos sub-21

A convocatória da seleção principal parece-me lógica e equilibrada. As maiores surpresas acabam por recair nos guarda-redes, devido à lesão de Marafona e à indisponibilidade de Anthony Lopes por motivos pessoais (graves, segundo o selecionador).

O Sporting tem 10 jogadores convocados para as duas competições: Rui Patrício, Beto, William Carvalho, Adrien Silva e Gelson Martins na seleção A, e Rúben Semedo, Tobias Figueiredo, Francisco Geraldes, Iuri Medeiros e Daniel Podence nos sub-21.

Sendo sempre uma boa notícia ter muitos jogadores a representar as seleções, estas convocatórias afetarão inevitavelmente o arranque da pré-época do Sporting, marcada para dia 22. Relembro que a Taça das Confederações se disputa entre 17 de junho e 2 de julho, enquanto o europeu de sub-21 se joga entre 16 e 30 de junho.

Evolução dos empréstimos obrigacionistas dos três grandes

O Porto anunciou recentemente o lançamento de um novo empréstimo obrigacionista, no valor de 30 milhões de euros. A decisão não surpreende, visto que o clube tem apresentado prejuízos significativos nos últimos anos e há que pagar o empréstimo obrigacionista emitido em 2014, que está prestes a vencer.

O problema é que, não havendo dinheiro, não basta pedir um empréstimo do mesmo valor que o anterior. Há que pagar juros aos investidores, há que pagar comissões elevadas às entidades financeiras que servem de intermediários neste processo, e dá jeito se se conseguir aproveitar a oportunidade para injetar algum dinheiro fresco para os cofres da SAD. Daí que o Porto esteja a financiar-se em 30 milhões para compensar o empréstimo de 20 milhões que vence este ano.

É o temível efeito de bola de neve, que, à medida que os valores vão aumentando, fica mais difícil de travar e inverter. Não é um exclusivo do Porto. Também o Sporting e o Benfica recorrem a esta fonte de financiamento - uma necessidade cada vez maior a partir do momento em que a banca fechou a torneira a novos empréstimos -, e também o Sporting e o Benfica têm vindo a aumentar os valores dos empréstimos de cada vez em que fazem uma nova emissão de obrigações.

Tipicamente, estes empréstimos têm uma maturidade de 3 anos, com juros superiores à média praticada no setor bancário - de forma a serem interessantes para os potenciais subscritores (sendo que o Sporting tem pago juros superiores aos rivais, fruto da crise financeira por que passou). O problema é que a dependência se tornou de tal forma elevada, que já começou a haver a necessidade de fazer emissões paralelas. O Porto tem duas linhas de empréstimos obrigacionistas (uma que começou em 2013 com 11,5M e que já vai nos 45M, e outra que começou em 2011 com 10M e que agora subirá para 30M), e o Benfica já vai em três (um de 50M, outro de 45M e outro de 60M).

(clicar para aumentar a imagem)

A evolução tem sido praticamente linear. No final do prazo do empréstimo, contrai-se outro de valor superior. Com o Porto tem sido sempre assim. Com o Sporting também, com uma exceção: em 2014, na altura do acordo de reestruturação financeira, a banca assumiu temporariamente as responsabilidades do Sporting, o que permitiu adiar em um ano a emissão de novo empréstimo obrigacionista. No Benfica, a 2ª e 3ª linha puderam ser suspensas temporariamente porque o Novo Banco aceitou reabrir as linhas de crédito em 2014. No entanto, rapidamente a SAD teve que voltar a recorrer aos empréstimos obrigacionistas para reembolsar o Novo Banco.

A única boa notícia é que as taxas de juro têm caído (já se chegou a pagar taxas próximas dos 10%), mas isso acaba por ser curto consolo perante o aumento constante do valor dos empréstimos contraídos.

Serão capazes os clubes de inverter esta tendência, ao mesmo tempo que os bancos vão também fazendo pressão para que os seus empréstimos são reembolsados? À partida não se vislumbra vontade de mudar, mas o certo é que quanto mais tempo demorarem a tomar medidas, mais difícil será a resolução do problema.

quarta-feira, 24 de maio de 2017

Pedido de clarificação ao Clã da Cartilha

Após ouvir estes comentários...


... e ler estes comentários...





... em que, segundo estes ilustres jornalistas, comentadores e adeptos benfiquistas, o despedimento de Nuno Espírito Santo comprova que o Porto não tem razão em apontar a arbitragem como motivo para a vitória do Benfica no campeonato, então...

... podemos concluir que os mesmos ilustres jornalistas, comentadores e adeptos benfiquistas admitem que, face à permanência de Jorge Jesus como treinador após o final da época passada, o Sporting teve razão nas queixas que fez sobre a influência decisiva da arbitragem no desfecho do campeonato de 2015/16?

terça-feira, 23 de maio de 2017

Os pré-convocados para a Taça das Confederações

A FPF enviou para a FIFA a lista de pré-convocados para a Taça das Confederações. Deste conjunto de 30 jogadores sairão os 23 escolhidos por Fernando Santos, a anunciar na próxima quinta-feira.

Como seria de esperar, a base da lista é composta pelos campeões europeus (19). Ficaram de fora, sem surpresa, Eduardo, Ricardo Carvalho, Vieirinha e, talvez um pouco mais surpreendentemente, Rafa. Entraram nomes que me parecem indiscutíveis face à época que realizaram: Nélson Semedo, Pizzi, Bernardo Silva, Gelson Martins e André Silva. Parece-me que estes cinco terão que estar obrigatoriamente na lista final.

De notar que Marafona, outra das novidades, não poderá ser convocado por causa da grave lesão entretanto contraída.

A lista completa é a seguinte:


As minhas escolhas seriam:

GR: Rui Patrício, Anthony Lopes e (?)
DD: Cédric e Nélson Semedo
DE: Raphael Guerreiro e Eliseu
DC: Pepe, José Fonte, Neto e Roderick Miranda
MDC: Danilo e William Carvalho
MC: João Moutinho, Adrien, João Mário e Pizzi
Extr: Nani, Quaresma, Bernardo Silva e Gelson Martins
PL: Ronaldo e André Silva

Balanço de 2016/17: GRs e Defesas



Rui Patrício: ** 
2015/16: *** 
2014/15: *** 
2013/14: ***

Depois de uma época memorável, em que esteve em grande nível no clube e se sagrou campeão europeu com a seleção - que lhe valeu o reconhecimento internacional e menções nos mais prestigiados prémios -, as expectativas para a época de Rui Patrício eram elevadíssimas. Infelizmente, o guarda-redes não correspondeu ao que dele se esperava. Não que tenha estado ostensivamente mal e custado muitos pontos ao clube - não esteve, e não custou -, mas o Sporting precisava de um guarda-redes que fizesse muito mais defesas impossíveis do que fez, e que valesse muito mais pontos do que valeu. Precisava do Rui Patrício das épocas anteriores. Infelizmente, esse Rui Patrício parece não ter regressado de França.


Beto: **

Regressou a casa treze anos depois da sua saída. Não sei se vinha com expectativas de ser titular perante uma eventual saída de Rui Patrício ou se com o papel de suplente, mas mostrou-se sempre comprometido com o clube, com o grupo de trabalho e, mais importante que isso, esteve sempre à altura das responsabilidades nos 9 jogos em que foi utilizado. Suponho que tenha um salário alto em relação ao que é a média do plantel, mas justifica-se. Enquanto adepto, estive sempre tranquilo quando Rui Patrício não esteve disponível para jogar. Espero que Beto continue por cá.


Azbe Jug: -
2015/16: -

Segunda época no clube, conseguiu em 2016/17 a proeza de ser ainda menos utilizado do que em 2015/16 - na qual fez um jogo para a Taça da Liga. Percebe-se o motivo. Na pré-época mostrou que não tinha nível para defender a baliza do Sporting e, tendo 25 anos, duvido que alguma vez venha a ter. Um problema para a direção resolver neste defeso, pois não faz sentido mantê-lo por cá durante os três anos de contrato que restam.


Ezequiel Schelotto: **
2015/16: **

É um eufemismo dizer que Schelotto não é dos jogadores mais queridos entre a generalidade dos adeptos sportinguistas, mas eu não desgosto do jogador. Schelotto pode não ser um lateral com boa capacidade de decisão, pode ter um aproveitamento pobre nos cruzamentos, mas compensa com a sua disponibilidade física e com a profundidade que dá ao corredor direito. Para além disso, é um jogador fiável defensivamente em situações de 1 contra 1 (estatisticamente, é o lateral do Sporting que menos dribles permitiu). As suas características pedem, à sua frente, um jogador mais com as características de João Mário do que com as de um Gelson Martins, e acabou, a meu ver, por sair prejudicado por isso. Ainda assim, foi o 2º jogador do Sporting com mais assistências no campeonato: 5.


João Pereira: **
2015/16: **

Para mim, foi um dos mistérios da época. Começou muito bem a época mas, sem que nada o fizesse prever, perdeu a titularidade para Schelotto. A partir daí, foi jogando a espaços, mas quase sempre a bom nível. De tal forma que, nas competições internas, o primeiro jogo que o Sporting não ganhou com João Pereira em campo foi... na Luz, à 13ª jornada. Até esse momento, João Pereira tinha sido utilizado em 9 jogos e festejado 9 vitórias. Nas competições europeias a conversa foi diferente: em Madrid acabou por ficar indiretamente ligado ao golo da derrota, e em Alvalade foi expulso. De qualquer forma, fez uma boa metade de época que viria a ser interrompida com a sua transferência para a Turquia, que se pode compreender face à necessidade de reduzir custos após a queda de todos os objetivos - e falamos de um jogador que, na altura, já tinha 32 anos. Desta época, guardarei na memória aquele corte oportuníssimo na área a Adrián no final do Sporting - Porto, que poderá ter valido a vitória nessa partida.


Ricardo Esgaio: * 
2015/16: *
2014/15: *

Utilizado em 14 partidas na equipa principal, Esgaio não conseguiu, mais uma vez, mostrar atributos que justifiquem maiores oportunidades. É verdade que a sua utilização foi inconstante - o que nunca ajuda à afirmação de um jogador -, mas não me lembro de ter ficado convencido, em qualquer um desses jogos, de que pode estar ali material para ser explorado com maior insistência. A polivalência de Esgaio pode ser útil em várias ocasiões, mas não me parece que alguma vez venha a ser mais do que isto num plantel de um clube como o Sporting.


Jefferson: *
2015/16: *
2014/15: **
2013/14: **

Quarta época em Alvalade, que provavelmente terá sido a última. A crua realidade é que Jefferson tem tido um rendimento fraquíssimo nos últimos dois anos e meio. Tem sido uma sombra do jogador que era uma ameaça nos cruzamentos e bolas paradas. Defensivamente comprometeu com frequência, ofensivamente raramente acertou um cruzamento. Nos últimos dois jogos desta época (contra Feirense e Chaves) voltou a demonstrar alguma raça e confiança, mas esse breve cintilar vem tarde demais para justificar mais um ano por cá. Agora que já tem o passaporte português, está na altura de procurar outro clube.


Marvin Zeegelaar: *
2015/16: *


Época irregular. Esteve razoável na primeira metade, relativamente certo a defender e inócuo a atacar. Em dezembro saiu da equipa e tardou em reencontrar-se, pois é um jogador que aparenta precisar, mais do que a maioria, de muitos jogos seguidos para ganhar confiança e tornar-se um jogador útil - o que é insuficiente para um titular de uma equipa que ambiciona lutar pelo título. Gostaria de dizer que poderia ser uma alternativa de banco para uma eventual contratação, mas está visto que não tem características psicológicas para esse papel - entraria sempre muito receoso sempre que fosse chamado.


Sebastián Coates: ***
2015/16: ***

No meio do descalabro que foi a defesa do Sporting ao longo desta época, Coates foi o único jogador que esteve ao seu melhor nível. Um patrão a quem faltou funcionários em melhor forma.


Rúben Semedo: **
2015/16: ***

Época algo irregular em que pareceu regredir em relação ao final da época passada. Cometeu demasiados erros, alguns dos quais foram castigados com golos dos adversários. Esses erros parecem mais fruto de desconcentração do que de falta de confiança - aliás, confiança é algo que lhe parece não faltar, até a tem em demasia. Também não ajudou a instabilidade que havia na posição de lateral esquerdo, obrigando-o a atenção redobrada. Os atributos físicos e técnicos dão-lhe condições para ser um central de topo, mas é necessário que a cabeça os acompanhe nesse desígnio. Veremos se a próxima época será a da sua afirmação em definitivo.


Paulo Oliveira: **
2015/16: **
2014/15: ***

Foi utilizado de forma intermitente, mas teve uma época ao nível do que se espera de Paulo Oliveira: um jogador capaz de resolver 90% das situações de forma eficiente e expedita, mas a quem faltam argumentos físicos e técnicos para resolver os restantes 10%. Parece-me um excelente terceiro central para o plantel, espero que continue.


Douglas: *

Considerando a sua experiência e o facto de ser um fetiche de Jesus, esperava-se que se adaptasse rapidamente ao sistema de jogo do Sporting e não tardasse a entrar nas contas da titularidade. Não só tardou, como não convenceu nas oportunidades de que dispôs. Neste caso não se pode ter o mesmo nível de tolerância que se dá a jogadores jovens e baratos, pois Douglas não é nem uma coisa nem outra. Com a entrada de André Pinto no plantel, deixa de haver espaço para o brasileiro.

segunda-feira, 22 de maio de 2017

Rei Patrício nas cortes de Leiria


Vídeo captado há pouco, na cerimónia de inauguração da estátua de Rui Patrício, em Leiria. Que receção incrível.












(fotos e vídeo via @SofiaOlive7ra) 

Fim-de-semana à Sporting

Depois de duas de semanas absolutamente tenebrosas, o fim-de-semana que passou correu muito bem em várias frentes.

Futebol masculino

O Sporting despediu-se da época 2016/17 com uma vitória confortável sobre o Chaves por 4-1. Jorge Jesus fez alinhar um onze com algumas novidades (Beto, Esgaio, Palhinha e Matheus) e, mais tarde, daria minutos a Francisco Geraldes e a oportunidade de estreia a Gelson Dala.

A figura da partida foi Bas Dost, que marcou três golos, muito bem auxiliado pelos miúdos: Podence sofreu o penálti que deu o 1-0, Matheus fez a assistência para o 2-0 num canto e marcaria o 3-0 a passe de Gelson Martins.

Apesar da hora absurda e das más exibições recentes, Alvalade teve uma assistência bastante razoável. De destacar o silêncio das claques durante os primeiros 20 minutos como forma de protesto pelo mau futebol das duas jornadas anteriores. Achei a melhor atitude possível: marcaram presença no estádio (seria tão mais fácil ficarem em casa) e não deixaram de apoiar a equipa, como é hábito, nos restantes 70 minutos. Por outro lado, não posso deixar de lamentar a tarja que foi exibida dirigida a Rúben Semedo.


Futebol feminino

Depois da conquista do título nacional em séniores no sábado, o Sporting conquistou ontem o título nacional de juniores na final a três disputada em Rio Maior. 

Depois de no sábado o Vilaverdense ter vencido o Apel por 4-0, o Sporting iniciou o dia de ontem vencendo o Apel pelos mesmos 4-0. No jogo decisivo, à tarde, frente ao Vilaverdense, e apesar de ter tido apenas cerca de 3 horas de descanso entre um jogo e outro, o Sporting venceu por 3-1 e sagrou-se campeão nacional na categoria sub-19 - numa campanha imaculada, com 20 vitórias em 20 jogos disputados.

Podem ver de seguida o resumo dos dois jogos, e aconselho que ouçam as palavras da treinadora Mariana Cabral e da capitã Francisca Silva, que espelham bem os valores que queremos ver em todas as equipas do Sporting:


Parabéns às jogadoras, equipa técnica e dirigentes por mais esta conquista! Para já, o futebol feminino ganhou tudo o que havia para ganhar: campeonato nacional séniores e juniores, e campeonato distrital em juvenis. Ainda há por disputar as taças nos 3 escalões.


Andebol

Apesar de já terem sido vários os desaires inacreditáveis que a equipa de andebol protagonizou, a verdade é que chegamos a este momento com excelentes possibilidades de conquistar tudo.

Ontem, o Sporting assegurou uma vantagem de 9 golos na final da Taça Challenge ao vencer o Turda por 37-28. A equipa controlou a partida inteira, conseguindo manter desde cedo uma diferença dilatada no marcador. Infelizmente, os últimos minutos não foram bem geridos, o que nos poderá ter custado dois ou três golos que, esperemos, não venham a fazer falta na 2ª mão, que se disputa na Roménia no próximo fim-de-semana. De relembrar que, nas meias-finais, os romenos recuperaram de uma vantagem idêntica. Aqui fica o resumo do jogo de ontem:


No sábado, o Porto perdeu por 28-27 no Pavilhão da Luz, o que permitiu ao Sporting ficar isolado na 1ª posição a uma jornada do fim. Se o Sporting ganhar na receção ao Benfica, no dia 31, será campeão nacional.



Rugby feminino

A equipa de sevens juntou este fim-de-semana a Taça de Portugal ao Campeonato Nacional, após ultrapassar o Bairrada, Lifeshaker e Agrária, e vencer na final o Sport Porto por 36-19. De destacar a recuperação épica que a equipa conseguiu, pois chegou a estar a perder por 0-19.


Futsal

Os campeões nacionais iniciaram a participação nos playoffs com uma vitória por 5-1 em Oliveira de Azeméis, com três golos de Cavinato, um de Fortino e outro de Caio Japa. Basta vencer um dos dois jogos que se disputarão em casa para seguirmos para as meias-finais.

Futebol masculino: Juniores

No sábado, o Sporting recebeu o V. Guimarães, 2º classificado, e empatou a 0-0. Uma vitória teria garantido o título, mas as perspetivas continuam a ser muito boas: nas duas jornadas que restam, basta que o Sporting conquiste um ponto ou que o V. Guimarães não ganhe os dois jogos para conquistarmos o título.


Futebol masculino: Juvenis

O Sporting foi vencer 2-0 ao Seixal e ultrapassou o Benfica na classificação, estando agora em 1º, com dois excelentes golos de Diogo Braz. A fase de apuramento de campeão chegou agora ao finaç da 1ª volta. Na 2ª volta, o Sporting tem um calendário mais favorável: receberá em Alcochete o Braga (5º), Porto (3º) e Benfica (2º) e jogará fora com o Oeiras (6º) e a Académica (4º).

De lamentar o sucedido no final do jogo, com uma imensa falta de desportivismo da equipa técnica e alguns jogadores do Benfica, um dos quais agrediu barbaramente o guarda-redes Filipe Semedo.

Aqui fica o resumo do jogo:



Futebol masculino: Iniciados

Bela vitória sobre o Porto por 3-0, com uma grande exibição e excelentes golos, marcados por Rodrigo Costa, Daniel Rodrigues e Rodrigo Rego. O Sporting está em 2º lugar e a tarefa de vencer o campeonato não será fácil, pois precisará de ir vencer o Benfica no seu terreno.


sábado, 20 de maio de 2017

Sporting conquista o campeonato nacional de futebol feminino

Terminou há pouco o jogo que selou a conquista do campeonato nacional de futebol feminino, com uma vitória sobre o Boavista por 6-1. Parabéns a todas as jogadoras, equipa técnica e dirigentes pela brilhante campanha que trouxe para Alvalade o título logo na primeira época do projeto de regresso do Sporting ao futebol feminino. E, já agora, de assinalar a excelente moldura humana que acompanhou a equipa neste momento tão importante.

Parabéns, campeãs!



Like a prayer

As extrapolações feitas ontem pela SIC Notícias e pelo jornal A Bola à presença de Madonna em Portugal e ao facto de o filho ter treinado (ao que se diz, durante uma semana) no Benfica. Como não amar?


(via @JosHenriqueGuer)

sexta-feira, 19 de maio de 2017

O Vale e Azevedo do Benfica


Não é que seja novidade para ninguém, mas não pode haver exemplo mais elucidativo acerca do bias da imprensa desportiva do que a ausência de referências à notícia (porque é uma notícia, factual e relevante) de que Luís Filipe Vieira, presidente em funções do Sport Lisboa e Benfica, foi constituído arguido por burla, no âmbito do caso BPN. À semelhança, relembre-se, do que já tinha sucedido quando rebentou o escândalo da Porta 18. Imaginam o que seria se fosse Bruno de Carvalho a estar metido em assuntos desta natureza, não imaginam? Pois.

Mais absurda fica toda esta situação quando olhamos para as capas de A Bola e O Jogo. Os primeiros dão um destaque à demissão de Vicente Moura como se de uma bomba atómica se tratasse. Os últimos optaram por publicar o 27º volume da saga "A fuga de Jesus", da qual parecem ter o exclusivo.

Arguido por burla na casa das dezenas de milhões de euros e silêncio total nos desportivos? Admito que é um crime com um pouco menos de glamour do que um roubo de camião, mas não é coisa pouca para ser ignorado por jornalistas (mesmo os desportivos). Fico ansioso pela próxima abertura de uma Casa do Benfica para ouvir o que o estadista Luís Filipe Vieira terá a dizer sobre a existência de gente desta na condução de um grande clube do futebol português. Será que vai dizer que estamos perante o Vale e Azevedo do Benfica?

P.S.: e o que dizer de o processo estar em águas de bacalhau à quase uma década? Não há dúvida de que ser presidente do Benfica é o melhor escudo que se pode ter contra a justiça, como o caso do Vale e Azevedo original já tinha demonstrou. Só o criador será capaz arrancar Vieira do Benfica. Felizmente, Rui Costa ainda é um homem novo e ainda pode esperar mais duas décadas.

The "rocking cradle" baby

A demissão de Vicente Moura

Algo surpreendentemente, Vicente Moura demitiu-se ontem do cargo de vice-presidente do Sporting.


A demissão


Não é uma saída que me deixe apreensivo, do ponto de vista das competências que colocava à disposição do clube. Tenho uma fraca opinião sobre Vicente Moura, que já vem do tempo em que era presidente do Comité Olímpico Português. No Sporting era o responsável pelas modalidades, mas tenho sérias dúvidas de que tivesse algum poder efetivo em secções como as do futsal, andebol ou hóquei em patins. O ex-vice aparecia, sobretudo, em ocasiões cerimoniais, como, por exemplo, receber troféus das modalidades nos intervalos dos jogos. Na única ocasião em que pareceu ter um papel executivo, protagonizou um dos mais embaraçosos momentos do mandato anterior: a rábula do acordo assinado-que-deixou-de-o-ser com a W52 para a formação da equipa de ciclismo.

Não compreendi por que razão Bruno de Carvalho decidiu manter Vicente Moura na lista para o segundo mandato. Percebo que, em 2013, o presidente (então candidato) tivesse sentido a necessidade de incluir na sua lista alguns nomes conhecidos do grande público, mas devia ter aproveitado para reformular a sua equipa em março passado. Infelizmente desperdiçou a oportunidade, abre-se agora uma oportunidade parcial para o fazer.


O motivo da saída

Vicente Moura explicou a decisão por ter "uma visão diferente do presidente", sugerindo que as "visões antagónicas" estejam relacionadas com as recentes críticas de Bruno de Carvalho à equipa futsal. Estou de acordo com Vicente Moura em relação à pouca oportunidade das críticas, mas acho estranho que só ao fim de 4 anos e picos se tenha apercebido desta faceta da personalidade do presidente. A mim, que acompanho as coisas de fora, parece-me que, simplesmente, Vicente Moura não soube lidar com as críticas. Sentindo-se colocado em causa, a demissão seria sempre uma decisão respeitável. Infelizmente, a forma que Vicente Moura escolheu para abandonar o clube foi desprezível.


O fascínio pelos microfones

Nem uma hora tinha passado após a notícia ter sido conhecida, e Vicente Moura já estava a prestar declarações à RR. Declarações polémicas, que, enquanto associado, considero lamentáveis. Se Vicente Moura se preocupasse minimamente com os interesses do clube - que passa atualmente por uma fase muito conturbada -, teria aguardado algum tempo até apresentar publicamente a sua versão. Não tinha necessidade urgente disso, pois Marta Soares acabara de escrever um comunicado que salvaguardava a face do vice demissionário. Teria ficado bem a Vicente Moura não procurar os microfones de imediato, mas ao fazê-lo, da forma que o fez, prejudicou o clube e colocou Marta Soares em cheque.

Tendo sido este o caminho escolhido por Vicente Moura, apenas desejo que, no futuro, se abstenha de comentar publicamente a vida do clube.


A ação do presidente

Já critiquei o último post de Bruno de Carvalho, mas não vejo naquilo que escreveu motivo suficiente para provocar a demissão de Vicente Moura. É muito provável que tenham existido outras críticas em privado, mas o presidente tem legitimidade para as fazer - se tem razão ou não nessas críticas, é outra questão. 

De qualquer forma, é mais um incidente que torna ainda mais difícil de suportar este período que o clube está a passar. Espero que os responsáveis do clube - começando pelo presidente - percebam que é fundamental tentar manter a cabeça fria nesta fase. Não só porque a vida do Sporting não pára e é necessário preparar a nova época de forma fria e racional, mas também porque atirar mais gasolina para uma fogueira de labaredas altíssimas dificilmente ajudará o universo sportinguista a unir-se em torno de quem gere os destinos do clube.

quinta-feira, 18 de maio de 2017

A data da Gala Honoris

Foi ontem anunciado que a Gala Honoris vai-se realizar a 30 de junho. Não colidirá, portanto, com a data de casamento do presidente. É uma decisão que lamento, mas acho que Bruno de Carvalho é quem tem mais a perder com esta decisão. Com isto e com os últimos posts em que disparou críticas em todas as direções - adeptos incluídos -, está a arranjar lenha para se queimar.

Não há nada que obrigue que a gala se realize no dia 1 de julho. Nos estatutos do Sporting Clube de Portugal está escrito que a gala deverá "ter lugar preferencialmente na data de aniversário do clube", ou seja, a 1 de julho. Portanto, ao tomar esta decisão, a direção não está a incorrer em nenhuma ilegalidade. No entanto, é legítimo que os sócios a questionem, já que, apesar de ser um evento muito recente, a Gala Honoris conquistou um espaço importante na vida do clube - e a data de 1 de julho tem um simbolismo importante.

A interpretação que 99% das pessoas farão (nas quais eu me incluo) é que o clube está a mudar a sua agenda para que esta encaixe na agenda da vida privada do presidente, que reservou a data para o seu casamento. Como é evidente, não é nada reconfortante assistir a estes tiques de quero, posso e mando, pois nada nem ninguém deve colocar-se acima do clube.

Consequentemente, é natural (e saudável) que esta decisão seja contestada por muitos sportinguistas. Mas convém colocar as coisas nas devidas proporções: não me parece que a alteração de data da gala seja, em si, uma situação muito grave. Muito grave seria se o presidente tentasse blindar os estatutos para se eternizar no poder ou se o presidente antecipasse eleições por lhe ser mais conveniente - realidades incontornáveis noutros clubes, onde os atos eleitorais têm sido meras formalidades de interesse puramente estatístico -, muito grave seria se a direção optasse por uma gestão opaca, muito grave seria se o presidente evitasse prestar contas aos sócios, muito grave seria se as vozes dissonantes fossem sistematicamente abafadas.

Mas se queremos impedir que situações destas venham a acontecer no futuro no nosso clube - e é muito fácil ceder à tentação de facilitar a retenção do poder -, não devemos aceitar passivamente decisões em que interesses individuais - principalmente se forem os do presidente - condicionem a vida do clube. Porque o Sporting é nosso

O mais frustrante de tudo isto é que toda esta situação poderia (e deveria) ter sido evitada facilmente, porque era fácil antever a reação dos sportinguistas. O presidente e a direção têm a obrigação de conhecer o clube que dirigem e o perfil dos sócios a que têm de responder, e era óbvio que isto iria causar uma grande polémica - bem, na verdade, o que é que no Sporting não gera polémica?

Não têm sido semanas fáceis para os sportinguistas, e não têm sido semanas fáceis para Bruno de Carvalho - que parece estar com dificuldades em lidar com os desaires sucessivos e com as críticas vindas de setores pouco habituais. Os maus resultados amplificam exponencialmente qualquer problema que surja, pelo que me parece que devemos todos fazer um esforço para manter um certo nível de racionalidade: os sócios devem saber separar aquilo que deve ser alvo de crítica do que não deve ser, e o presidente deve manter a cabeça fria, identificar o que tem de ser corrigido, e focar-se na preparação da próxima época. O Sporting agradece.

quarta-feira, 17 de maio de 2017

A aberração competitiva do campeonato nacional de juniores femininos da FPF

Em agosto de 2016, a FPF divulgou, num comunicado, qual seria o formato da competição de juniores femininos para a época de 2016/17. Ficou determinado que o campeão nacional seria determinado após a disputa de três fases.

Na primeira fase, as equipas foram divididas em séries organizadas geograficamente: 4 séries no continente (com 10 equipas cada) e uma com equipas da Madeira (com 5 equipas), cada uma delas disputada em sistema de pontos, com todas as equipas a defrontarem-se entre si a duas voltas.

O vencedor da série da Madeira seria apurado diretamente para a terceira fase, enquanto os dois primeiros classificados de cada uma das 4 séries do continente iriam disputar a segunda fase:


A série norte seria disputada pelos dois primeiros classificados das séries A e B, enquanto a série sul seria disputada pelos dois primeiros classificados das séries C e D. E aqui surge a primeira aberração: em vez de se fazer uma competição por pontos a duas voltas, a FPF decidiu realizar esta série em formato de eliminatórias a uma mão. As eliminatórias seriam sorteadas sem cabeças de série ou quaisquer outro tipo de restrições que dessem algum tipo de vantagem aos primeiros classificados de cada grupo. Pior, nem sequer em campo neutro seriam disputadas.

O sorteio ditou que o Sporting (1º classificado da sua série) iria jogar a "meia-final" da 2ª fase em casa. No entanto, o mesmo sorteio ditou que o Sporting, apurando-se para a "final" da 2ª fase, iria jogar sempre fora, independentemente de quem fosse o adversário. Os resultados determinaram que essa "final" fosse disputada com o A-dos-Francos, precisamente a equipa que ficou em 2º lugar na nossa série da 1ª fase. Ou seja, a 1ª fase exemplar do Sporting (terminada só com vitórias) foi recompensada... com a disputa do jogo decisivo em casa do adversário, que foi 2º classificado na nossa série.

Apesar disso, o Sporting voltou a demonstrar a sua superioridade e apurou-se com brilhantismo para a 3ª fase.


Mas o pior estava reservado para o fim. A tal 3ª fase, da qual apenas se sabia que era uma final a 3, manteve-se no segredo dos deuses... até há apenas dois dias (!). Só no dia 15 de maio é que a FPF divulgou enfim o formato e datas da 3ª fase. Mas se achavam que as surpresas já tinham terminado, eis a informação revelada pela FPF:


Numa final a três, alguém achou que seria boa ideia que uma das equipas... jogasse duas vezes no mesmo dia! Será que não ocorreu que haveria uma equipa seriamente prejudicada com este calendário? Será que é esta a noção de competição justa que os dirigentes da FPF têm para os campeonatos que organizam?

O GD Apel, da Madeira, ficou com o seu calendário imediatamente definido, o que significa que a fava só poderia calhar a uma das outras duas equipas: Vilaverdense e Sporting. Ora, o sorteio foi realizado hoje, e à boa maneira dos sorteios da FPF, a equipa que irá disputar dois jogos no mesmo dia será... o Sporting.


Vergonhoso.

Bruno de Carvalho 'abandona' o Facebook

Bruno de Carvalho publicou, na noite de ontem, um extenso texto na sua conta de Facebook onde, para além de revelar que vai deixar de usar esta plataforma para comunicar, aborda variadíssimas outras questões.



As plataformas continuam, para mim, a ser um modo de comunicação global privilegiado. Apesar disso, e depois de uma profunda análise, creio que chegou a hora de abandonar o Facebook. A minha vontade de proximidade com o universo leonino, acabou por ter um lado perverso que não pretendo ver aumentado. Tem a ver com o ultrapassar de fronteiras onde se confunde vontade de estar próximo com o ser incomodado, a toda a hora, com opiniões despropositadas e intromissões na vida pessoal. Serei sempre um Presidente próximo, presente e consciente das suas tarefas e objectivos, mas esta ferramenta deixará de ser um desses modos de comunicação com a Família Sportinguista.

Assim, este será o meu último post que espero contribua para a compreensão de toda a estratégia pretendida para o Sporting Clube de Portugal e o papel de todos para a sua concretização.

Compreendo perfeitamente a frustração desta época, e não só a nível do futebol, mas o que tenho lido e recebido de mensagens ultrapassa o limite da justiça e respeito que se deveria ter por quem, como eu, passei a dedicar a minha vida ao Clube que amo. Todos devemos refletir e ser justos com vista ao nosso objectivo comum: a Glória!

Vejo, em todas as modalidades, um apoio que mais nenhum clube tem no mundo, mas um grau de exigência muito pequeno. A cada mau resultado, e então se torno público o meu desagrado, lá vem a onda de apoio aos "meninos". Nas modalidades, sem ser o futebol, então é confrangedor... perdemos jogos e lá estão as bancadas a aplaudir os "seus meninos" e a acarinhá-los. Nos bons e maus momentos dizemos nós! E tem de ser assim. Mas não podemos ser só nós, dirigentes e adeptos, a sofrer. Neste Clube, treinadores e atletas têm como missão dar-nos bons momentos e evitar os maus. O seu direito é ter boas condições de trabalho e os ordenados em dia. O seu dever é ser profissionais, honrarem a nossa camisola, dignificarem o Clube, vencerem ou lutarem até à exaustão e terem sempre compromisso com os objectivos estabelecidos: ganhar, conquistando todos os títulos que disputam.

Não nos devemos esquecer do esforço herculeano, feito por esta Direcção, para realizar os maiores investimentos de sempre em todas as modalidades. Nem que seja só por isso, estes "meninos" têm que ser sempre homens e ganhar os seus jogos e conquistar títulos, sem desculpas, sem estar sempre a falar de arbitragens, sem usar adversidades inesperadas ou o azar, percebendo que têm de fazer muito mais, e que a massa adepta que apoia o Sporting CP merece a Glória e não apenas viver alegrias a "espaços", dada por quem tem a sorte e o privilégio de envergar a nossa camisola.

O meu maior erro foi ainda não ter conseguido incutir nos adeptos esse sentimento de exigência constante, esse sentimento de que ninguém faz favor de servir o Sporting CP, mas, pelo contrário, ou está disposto a "morrer" em cada embate ou não merece ser apoiado.

Quando se aponta o dedo aos "meninos" é o "aqui d'el-rei". Credo! É o horror, o sacrilégio... Começam logo os opinadores leoninos: faça-o em privado, não confunda coisas, não é bem assim, etc. ... Tendo uma "alma pequena", não podemos exigir constantemente a grandeza e iremos continuar a viver com menos vitórias do que as que poderiamos ter e, ainda por cima, supostamente eu "teria" que ficar "agradecido" apenas por jogarem. Este tipo de raciocínio não é para mim. Não podemos ganhar sempre, mas temos sempre que honrar e dignificar a nossa camisola, com suor e, se for preciso, até à exaustão de cair para o lado, sem mais forças, no fim de cada jogo. Pelo menos nas derrotas temos de ver atletas físicamente de rastos.

As modalidades, como todos sabem uma das minhas paixões além do futebol, sei bem que são elas que nos permitem ser a maior potência desportiva nacional através, não só do ecletismo, mas sobretudo pelos mais de 20 mil títulos, nacionais e internacionais, conquistados e que têm feito de nós, ao longo dos anos, tão grandes como os maiores da Europa. Neste capítulo, irei sempre orgulhar-me de ter sido o Presidente que, com a sua equipa, construiu o Pavilhão e que, ao invés de acabar com as modalidades, trouxe novas e fez regressar algumas das históricas, e tudo isto com os maiores investimentos de sempre feitos pelo Clube no seu ecletismo.

Mas isto tem de obrigar-nos a ter, sem medos nem receios, uma cultura de exigência diária para com todos os que servem este Clube. E assim o faço, a começar por mim próprio, mas devo aqui alertar que os adeptos foram muitas vezes, com toda a sua boa vontade e sentimento de defesa da sua "familia", um "entrave" pois, sem querer, foram enchendo egos e aceitando, ou dando mesmo, desculpas para os insucessos.

Ainda não consegui, em 4 anos, mudar completamente essa mentalidade. Percebo que os sportinguistas vejam, nas restantes modalidades, o escape dos insucessos do futebol. Mas temos de deixar de ter esse espírito e saber acompanhar o investimento feito e logo perceber que o grau de exigência tem de crescer proporcionalmente e na mesma medida. Podemos e devemos manter a postura e convicção de que somos os melhores adeptos do mundo, mas exigir, exigir sempre!

Quanto ao futebol, para além de toda a realidade escrita nos parágrafos anteriores, e porque também estamos com os maiores investimentos de sempre, nada mudou desde o que disse durante as eleições, ou após o jogo contra o Belenenses e o meu post de esclarecimento de qual é o projecto e de quem é o meu treinador ou o resultado contra o Feirense. Só os mais desatentos não ouviram, após o jogo contra o Belenenses, que eu disse "na próxima época" tudo tem de mudar. Porque será que não disse no próximo jogo tudo tem de mudar?

Também no futebol temos de subir um degrau. Nós, dentro das 4 linhas, com Esforço, Dedicação, Devoção e obtenção de Glória. E os restantes adeptos, mantendo o estádio cheio mas deixando sempre claro que somos exigentes, que queremos vencer, que todos têm de ter um grau de entrega e compromisso equivalente à grandeza do nosso Clube.

Não é neste jogo contra o Chaves que devemos terminar a época com apupos ou contestação. Devemos marcar presença e em força, mostrar o nosso apoio sem igual e, com isso, deixar uma mensagem inequivoca a mim Presidente, restantes dirigentes, equipas técnicas e atletas de que, o próximo ano, continuará a ser de grande apoio mas de tolerância zero. Queremos e merecemos ser campeões, mas acima de tudo queremos respeito por quem nos serve e que se entreguem de alma e coração em cada partida. Eu, como Presidente, assumo essa mensagem, assumo essa exigência, assumo essa pressão e farei tudo o que estiver ao meu alcance para que, além da recuperação do Clube já efectuada, poder fazer-nos a todos felizes.

Amo o Sporting Clube de Portugal e prometo a todos que, na próxima época, vou ainda fazer mais e melhor, vou continuar a dar a minha vida por este meu Amor e vamos mostrar, com a vossa ajuda, em todas as modalidades e nomeadamente no futebol, porque somos o grande Sporting Clube de Portugal.

Já o disse e repito, não existe margem para mais erros. Assim, só quem perceber a grandeza deste Clube, tiver alma de campeão, de combatente e de compromisso se manterá neste projecto.

Sempre disse que, ou temos um exército pronto para lutar a meu lado ou não é possível atingir o que quero para o nosso Clube.

Assumo que continuamos a não o ter. Continuamos a ser um Clube onde ainda existem pessoas de grandes egos, que se intrometem na vida do Clube, de opinadores fáceis mesmo não sabendo nada do que se passa não se coibindo em cada oportunidade de aparecer nos media, em vez de nos mantermos sempre unidos, incondicionalmente, com quem lidera o Clube e, assim, tendo a mesma linguagem de exigência para com todos.

Ser líder é, entre outras coisas, ter objectivos mas também ser feliz. O meu objectivo está ainda mais forte do que alguma vez esteve: ser campeão! E em tudo. Mas feliz não estou.

Percebi a mensagem dos 90% de sportinguistas que foram votar: queremos ser felizes. E não lhes vou virar a cara, mesmo num momento de grande mágoa que tenho. Por eles e pelo nosso grande Sporting Clube de Portugal vou, mais uma vez, colocando o que sinto e a minha vida em segundo plano, retribuir a confiança que depositaram em mim e dar-nos a merecida alegria de podermos dizer que somos campeões!

Mas volto a alertar que, com tudo o que vejo, leio e recebo de mensagens, e porque não consigo viver com a bipolaridade de algumas pessoas, se nada se alterar nunca atingiremos a plenitude do sucesso que queremos.

Considero que após este Esforço, Dedicação e Devoção que finalmente nos irá dar a tão merecida Glória, devido à estupidez humana e bipolaridade latente, a dúvida persiste em mim sobre quando será o tempo de vir alguém liderar este Clube, que, mesmo que não perceba nada do que é isso, goste do protagonismo que esta posição dá e que eu detesto. Que consiga conviver com esta falta de exigência diária que me mata. Que saiba viver com esta falta de militância que não permite olhar para o futuro com outros olhos. Que não se importe com os sportinguistas a quererem meter-se constantemente na sua vida sobre todos os assuntos, mesmo os mais incríveis que se possa pensar. Que não se importe com a ingratidão constante de muitos. E que seja feliz a ser "discreto" a cada insucesso só para ser "popular" e passar pelos pingos da chuva a cada tempestade.

A única coisa que vos peço para a próxima época é que me deixem em paz, que me deixem trabalhar como eu achar melhor para depois poderem viver as alegrias que tanto merecemos.

A próxima época será assim mais um momento crucial da minha passagem pelo Clube, e não existirá ninguém mais motivado do que eu para a Glória que tanto merecemos.

Acreditem que, se todos estivernos focados na exigência e competência máxima, vamos tê-la. Todos, e aqui até dos adeptos falo, temos uma missão para esta importante alteração de mentalidade que tem de ser uma realidade em todas as modalidades. Tudo começa pela vontade, querer, garra, alma, cumplicidade, força, superação e talento. Se isto falha, nada se constrói. E temos de ter a consciência de que nada disto acontece se formos amenizando esta realidade, dando uma escapatória a quem não a tem: quem serve este Clube tem de nos trazer a Glória e, se tal não suceder, não pode permanecer.

Amo-te Sporting, e nada nem ninguém irá mudar isso e com este Amor nem a morte nos separará!



O post que reproduzi em cima esteve disponível durante cerca de duas horas. Por volta da meia-noite, a conta de Facebook do presidente foi desativada.

Não vou analisar pormenorizadamente o que foi escrito porque me parece que não é o momento ideal para o fazer. 


Em relação ao facto de o presidente ter anunciado que vai deixar de comunicar através do Facebook, parece-me uma medida sensata. Não porque ache que o Facebook não possa ou não deva ser utilizado pelos dirigentes do clube - pode e deve ser utilizada, pois é uma ferramenta com um alcance inigualável -, mas porque até agora nem sempre tem sido utilizada com o devido foco, critério e eficácia.

As intervenções de Bruno de Carvalho no Facebook já foram úteis em muitas ocasiões, mas também já foram inúteis - no sentido de não terem feito qualquer diferença -, e noutras situações chegaram a ser contraproducentes. Se esta decisão tiver sido efetivamente o resultado de uma profunda análise, então creio que o clube poderá ganhar com isso. Vamos aguardar para avaliar o alcance desta mudança de estratégia.