quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

M*rdas que só mesmo connosco, nº 14: Regras à la carte

O caso mais polémico do Sporting - Feirense de domingo passado terá direito a episódio próprio desta série daqui a uns tempos, mas o jogo teve um outro acontecimento que não merece passar despercebido.

Perto do final da primeira parte, ou seja, já depois de ter acontecido o grave erro a prejudicar o Sporting, e numa altura em que o jogo estava empatado, Fredy Montero faz um remate descaído para a esquerda na área do adversário que é intercetado por um defesa com a cabeça. No entanto, a velocidade da jogada e a abordagem do defesa com os braços abertos enganam o árbitro Luís Ferreira, que pensa ter havido corte com a mão e assinala grande penalidade. O VAR viria, e bem, a dar a indicação de que o corte foi limpo, pelo que o jogo teve que prosseguir com uma bola ao solo. No entanto, a bola ao solo foi efetuada... sem que nenhum jogador do Sporting estivesse por perto para a disputar. Desta forma se transformou uma jogada de ataque do Sporting numa posse de bola para o Feirense.


--- INTERLÚDIO ---

Não deixa de ser engraçado observar a vitalidade com que o defesa do Feirense que levou com a bola na cara protestou a decisão do árbitro... mas que, depois de o VAR ter revertido a decisão, tenha precisado de ser assistido durante vários minutos em pleno relvado, sem que o árbitro tivesse pulso para o pôr fora de campo. Os 6 minutos de descontos que o árbitro acabaria por dar foram uma anedota, face ao tempo que o jogo esteve parado: só aqui foram 4 minutos e meio, mais 3 minutos e meio no golo anulado a Doumbia, fora as outras interrupções para consulta do VAR e persistente anti-jogo do Feirense.

--- FIM DO INTERLÚDIO ---

Tudo isto é estranhamente familiar, pois há pouco mais de dois anos, no Sporting - Tondela (que teve também um erro de arbitragem gravíssimo (penálti e expulsão de Rui Patrício que deu o 0-1 para o Tondela), aconteceu um episódio praticamente idêntico... em que o árbitro era também Luís Ferreira. De tal forma idêntico, que vou reaproveitar o parágrafo escrito mais acima para o descrever, fazendo apenas os ajustes necessários.

Perto do final da primeira parteNo princípio da segunda parte, ou seja, já depois de ter acontecido o grave erro a prejudicar o Sporting, e numa altura em que o jogo estava empatado, Fredy MonteroBryan Ruiz faz um remate descaído para a esquerda na área do adversário que é intercetado por um defesa com a cabeça. No entanto, a velocidade da jogada e a abordagem do defesa com os braços abertos enganam o árbitro Luís Ferreira, que pensa ter havido corte com a mão e assinala grande penalidade. O VARfiscal-de-linha viria, e bem, a dar a indicação de que o corte foi limpo, pelo que o jogo teve que prosseguir com uma bola ao solo. No entanto, a bola ao solo foi efetuada... sem que nenhum jogador do Sporting estivesse por perto para a disputar. Desta forma se transformou uma jogada de ataque do Sporting numa posse de bola para o FeirenseTondela.



Mas neste caso ainda foi pior, pois Adrien Silva tentou disputar a bola ao solo, e foi impedido de o fazer pelo árbitro, o que vai contra o que as regras estipulam:


Como podem ver na imagem acima, o árbitro não pode decidir quem toma ou não toma parte na disputa de bola ao solo. Isto não é mais do que uma migalha na enxurrada de erros cometidos, mas é outro exemplo de como se vão inclinando os campos contra o Sporting. Vale tudo, mesmo mudar as regras... seja ao nível do que está estipulado no protocolo do VAR, seja numa simples bola ao solo.

(obrigado, Cantinho do Morais!)

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