terça-feira, 8 de maio de 2018

Verão quente

Durante a última semana ocorreram dois acontecimentos separados que, não tendo aparentemente nada a ver um com a outro, na realidade poderão estar  interligados entre si. Esses acontecimentos ainda ganham algum significado extra por terem sido protagonizados por dois protagonistas que pertencem a lados diferentes da barricada da luta pelo poder no Benfica.

No dia 30 de abril, José Marinho, responsável não-se-sabe-bem-pelo-quê-na-comunicação-do-Benfica, disse isto no programa Chama Imensa:


Considerando que se trata de alguém que desempenha funções de propaganda pura, não deixa de ser significativo que diga abertamente que considera inevitável que o Benfica seja acusado num dos processos que está envolvido - resta saber se será pelo processo e-toupeira, pelos alegados aliciamentos a jogadores adversários, por alguma das matérias de corrupção e tráfico de influências que os emails já nos deram a conhecer, ou qualquer outra coisa que ainda não seja do domínio público. É complicado escolher perante tanta oferta.

Três dias depois aconteceu isto:


O que levará uma das poucas figuras do Benfica que se assume como opositor de Vieira a avançar com a notícia da sua candidatura a dois anos e meio das eleições? Não é, obviamente, por uma questão de descalabro desportivo - quem dera a qualquer presidente ou candidato a presidente ganhar quatro campeonatos nos últimos cinco -, pelo que sobra, a meu ver, a questão judicial. Rui Gomes da Silva é alguém que deve estar muito bem informado sobre as movimentações existentes na máquina da justiça.

Os rumores que andam por aí são mais que muitos e fazem antever um verão quente para as bandas da Luz. Quente não, escaldante.